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Mostrando postagens de agosto, 2014

MENINO VELHO- RENÊ PAULAUSKAS

Menino velho que sou Aprendi a olhar as cores pardas dos dias frios Olhar os insetos que pousam em mim Esquecer os problemas quando há quem se lembre deles Velho menino Aprendi a brincar com novos brinquedos Falar da vida sem segredo Tentar novas maneiras de amar Velho Desde criança que reclamo Tua cor cinza é tão vaga como um dia de chuva Mas eis que alguém me ensina A desenhar a vida sem seus olhos de puro cinza

Brincando poesia- Renê Paulauskas

Brincando poesia I C a n s a d o N  u  v  e  m L   e   v   e II Se perder Nada Si perde III Flor de cheiro Amarelo pétala Zumbido Pólen abelha IV Fluido Riacho Ribeirão Cheiro molhado V Verde maduro Doce salgado Linda aspereza Novo passado

Animação: Cidades- Renê Paulauskas

AD INFINITUM-VINICIUS TETTI SILLA

Serpentinas descolorem um fim de carnaval E as cinzas cobrem todos Mas no salão um pierrot dança exaustivamente  com uma colombina Só faltava ser eu e você O mundo desabando e a gente flertando O barco naufragando E a gente tendo a certeza  de  que encontrará uma ilha generosa Por isso querida Tira esse ranço do coração Não desvie os olhos do meu quando estiver passando na alameda Alameda que não dá em lugar nenhum Mas que abre todas as possibilidades Com máscaras vamos Pois toda nudez  será  castigada Como disse Rodrigues E olha que ele era  o rei da  pornanchanchada social Com pés descalços vamos deixando nosso rastro  praia selva(até no asfalto) Interferindo no  continente perdido Dos tempos  que os  deuses eram vivos Se  bem que o candomblé... Com seu rito de orixás não nos deixa pensar assim Queria consultar uma entidade Pra saber o que se passará nesse baião atemporal que é a minha vida Se bem que o futuro será traçado com meus passos Até  desaguar no ocea