MENINO VELHO- RENÊ PAULAUSKAS
Menino velho que sou Aprendi a olhar as cores pardas dos dias frios Olhar os insetos que pousam em mim Esquecer os problemas quando há quem se lembre deles Velho menino Aprendi a brincar com novos brinquedos Falar da vida sem segredo Tentar novas maneiras de amar Velho Desde criança que reclamo Tua cor cinza é tão vaga como um dia de chuva Mas eis que alguém me ensina A desenhar a vida sem seus olhos de puro cinza