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Mostrando postagens de junho, 2015

Vida- Renê Paulauskas

Tantas vezes fui tão longe, seguindo uma reta até onde queria chegar. O que me acontece agora, que em obstáculos tão pequenos os vejo como muros intransponíveis? Agora meu deus é o infinito. Na verdade não é um deus é uma saída. Onde tudo aqui fica pequeno e já não posso perder tempo com medo da vida. Faço a ponte entre este mundo e a certeza de um lugar inalcançável. Uma chance para voltar a viver. Já se será uma vida da mesma maneira, isso não sei. Sei que é hora de viver. 

Saúde!- Renê Paulauskas

Se a vida não me da nada, vou rouba-la! Não quero nada da vida, só o infinito. Esta saída para o além que pode renovar minhas artérias, meu espírito. Esqueço o mundo e ganho outra saída, a imortalidade. Que dessa miséria não há mais nada a mitigar, escolho negar por esta visão sadia, o infinito.

Tempo acabando- Renê Paulauskas

Sinto que meu tempo está acabando há muito tempo. Agora é o fato de estar sozinho, sem trabalho e saber que o dinheiro vai acabar. Sentia-me desmotivado para qualquer novo tipo de trabalho, até perceber que este: o de escrever minhas histórias, minhas loucuras, é o que faz mais sentido para mim. Cheguei ao ponto de achar que nada existe, porém existo, e isto é dado pelo motivo de eu pensar. Que as coisas não são o que parecem, mas não quero expor minhas loucuras o tempo inteiro para não ser descreditado. Loucuras que na hora fazem todo sentido, mas que se passado uns dias são loucas e ridículas inclusive para mim.  Mesmo assim acho importante narrar essas histórias que ocorrem na minha cabeça, apesar de só estarem em parte no conteúdo deste livro, se é que de fato se torne um. Estou sozinho, já não me acho tão bonito, mesmo olhando no espelho o mesmo homem de sempre. Sinceramente não entendo porque ultimamente as mulheres pararam de me olhar. Estou com trinta e seis anos, alguns

Desejos- Renê Paulauskas

É na passagem das coisas que as coisas se dão. Assim, é natural que só depois da euforia de ter as coisas, elas ficam disponíveis. Quando já não queremos, lá estão elas, para optarmos com razão se realmente nos interessam. Pois do contrário, fazemos as coisas não por elas próprias, mas por um desejo que se extingue com a razão. 

A ordem das coisas- Renê Paulauskas

Não vou ser ingênuo de querer ensinar a vocês. Vocês que me ensinam ou pensam ensinar. Entendem tudo errado, mas ainda assim farei silêncio. Quanto à verdade das coisas, sigo os fatos. As teorias deste mundo nada dizem das verdadeiras coisas. Os fatos falam por si só. Cansei de viver tanta coisa diferente sem dizer nada. Sei de conteúdos que seria tolo se os despejasse assim. Seria chamado de louco. E pra mim é bem o contrário. Nós os “loucos” sabemos demais e somos forçados a ficarmos calados. Só para que a ilusão de um mundo real exista como pressuposto à ordem das coisas. Não vou ser ingênuo de querer ensinar a vocês. Escrevo pra mim. Para não esquecer.

Inferno próximo- Renê Paulauskas

A situação atual exige tomada de decisões drásticas. Durante milênios, o efeito estufa, que sempre existiu como um modo de armazenamento de energia que faziam esse trabalho foi natural. Com o aumento exagerado da dispersão de dióxido de carbono e gás metano no ar, o aumento do efeito estufa pode duplicar a temperatura do planeta em um tempo muito curto e elevar essa temperatura a uma potencia constante de virar um verdadeiro inferno na Terra nos próximos cem anos. Uma maneira razoável de impedir este desastre seria trocar todas as formas de dispersão de dióxido de carbono, produzidos pela combustão do carbono, petróleo, e motores como automóveis, mais a substituição do gás metano produzidas pelas vacas, por geradores de energia sem essa combustão e substituição da alimentação da vaca por outra dieta. Outra maneira improvável, que só seria imposta aos mais pobres, pelo menos aqui no Brasil, seria impor uma taxa de uso no conjunto desses produtos que aumentam o efeito estufa como medi

Espécie ruim- Renê Paulauskas

Aqueles homens, seres humanos, andando em liberdade pelas ruas, se aglutinando uns com os outros, sorrindo, sendo cordiais entre si, não são o que parecem. Cordiais e educados por cumprirem o contrato de viver em sociedade, caso contrário são presos, afastados, punidos, seguem todas as regras. Mas individualmente, se acontece alguma coisa grave que tire sua “paz”, são a espécie mais cruel, nociva e vingativa entre todas as outras com potencial centenas ou milhares de vezes pior. São individualmente os mais nocivos do planeta, aqueles que matam todas as outras espécies e até a sua própria se tiverem a chance, um motivo, somos a espécie mais predadora do planeta.

Meio louco meio são- Renê Paulauskas

O pobre menino de trinta e seis anos, meio louco meio são, achava que já tinha visto de tudo um pouco e de um pouco quase tudo. Já tinha se imaginado Jesus, Deus, Deuses, se chara no mundo alguém especial, e agora depois de quase um tudo, só faltava dentro de sua cabeça achar que se achava um cara normal. É meio complicada esta parte, já que não acreditar em nada achava impossível, mas achava que dentro deste impossível ele era um cara normal. Como se dentro duma fábula, ao passar em não acreditar mais em nada, só nas coisas banais, traria harmonia a vida como um deus despercebido, uma força da natureza. E deste modo se esforçava para ser um cara normal, para que um dia pudesse sentar em seu trono de pessoa insignificante, esquecido por todos inclusive por ele mesmo. Esta é a história deste rapaz. Pragmatismo seria a maneira de entender as coisas pelo sentido prático. Mas o que acontece quando tivemos experiências “impossíveis de terem ocorrido neste mundo de leis práticas”? Simples