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No meu jardim- Renê Paulauskas

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Fada velha-Renê Paulauskas

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O LOUCO- Murilo Silva

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O SOFÁ- Renê Paulauskas

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Entrou dentro no sofá fazendo o pó cobrir a sala. O repouso das bundas, deixava-lhe ora alegre, ora apreensivo. Gostava de participar da decoração e as vezes acendia como um abajur. Falar não falava, somente dizia sim, não, obrigado. Um dia veio há reposar um outro na poltrona enfrente.   O pó os cobriu antes da faxineira chegar, tirando sua liberdade. Caretas fazia, mas a poltrona nem se incomodava. Os eventos seguintes, deslocaram-se para cozinha. Sofá e poltrona foram trocados e o novo dono da casa ninguém conhece.      

GAROTAS

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  Nada parecia proibido Se juntasse todas as mulheres que teve contato, não daria para fazer um curau. Mas estouradas como pipoca, dava uma panela cheia. Não tinha tido tantos contatos, relacionamentos menos ainda, mas sentia a necessidade de escrever sobre elas. Quando criança, ainda no pré, todos brincavam no intervalo entre o pátio, os brinquedos como o trepa-trepa e a gangorra, a horta e os muros, que na verdade pareciam só paredes. Era uma farra e acredito que éramos felizes de verdade. As meninas já nos interessavam, mas ainda não sabíamos direito como nos relacionar com elas. Ainda não sabe e hoje tem menos traquejo com elas do que nesse brilhante começo de vida, onde tudo era novidade e nada parecia proibido. Num desses intervalos, uma garota parecia ousar muito mais do que as demais, chegando um dia a mostrar para todos os garotos sua perereca. Só que eu estava distraído em outra parte da escola e quando soube da novidade já era tarde, o sino tocou e eu nã...

QUIMIO- FAIFI

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BRINCO REDONDO- FAIFI

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CABEÇA- FAIFI

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ANDAR COM PÉ- FAIFI

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FETICHE- FAIFI

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CUMPRIMENTO- FAIFI

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O BEST SELLER- Renê Paulauskas

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Ele estava diante do computador tentando escrever uma história de amor encomendada pela editora. O problema é que não ficava com uma única mulher naquele ano. Relacionamentos, mais de dois e histórias que valeriam ser contadas, uns quatro. Acostumara viver a vida sem romances. As vezes se pronunciava, para uma garota aqui, outra ali, mas no geral conseguiu um jeito de viver a vida sem ser amado. Não ser amado por algumas mulheres não fazia muita diferença, já que era amado por seus amigos e sua família e seu gato. Mas aí estava o problema. Como escrever sobre algo que no momento não despertara minimamente seu interesse. Por outro lado, precisava daquele contrato, seu editor não aceitaria uma recusa de um iniciante. Foi até a cozinha, preparou um café, beliscou umas bolachas, voltou ao computador de tela branca. Tinha uma noção vaga do ser feminino. Escrever sobre elas era algo difícil de improvisar. Eram como crianças carentes sempre atenciosas aos seus bichinhos, nós no ...

A ANSIEDADE-RENÊ PAULAUSKAS

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Aquela ansiedade estava desequilibrando sua rotina. Como uma força de vontade própria, não tinha mais paz em sua casa. Não parava de comer. TV, computador, violão. Queria um trabalho. Dinheiro não tinha, pensar em mulheres estava fora de cogitação. Queria uma distração, mas o que fazer? As opções sempre se resumiam a arte. Mas que arte sobrevive sem uma vida por trás da arte? Precisava de vida e pra isso de dinheiro. Sem dinheiro, não saia e resumia sua ansiedade em ficar ansioso dentro de casa. Dinheiro para o transporte até que tinha. Poderia se deslocar até uma exposição. Parou, pensou. Mas pegar dois ônibus, ter o risco de pegar o rush, nem pensar. Estava com preguiça. Preguiça e tédio de ficar em casa. Ligou para um amigo para ver se pagaria uma cerveja, nada. Foi então que lembrou que tinha meio litro de cachaça. Não teve duvida. Ligou para seu amigo convidando para tomar uma batida antes do show de graça que teria mais tarde do lado de sua casa.

FORMIGUEIROS- RENÊ PAULAUSKAS

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Passava antes longas tardes sem dizer nada. Agoniado entre a solidão e a falta de o que fazer, era ele um ansioso corpo, querendo prazeres e novidades. Descobriu um modo de passar o tempo. Cuidava da casa, mantinha-se o máximo ocupado e quando ia fazer alguma coisa como ouvir musica, tomava o cuidado de fazer outra coisa junto para distrair a mente. Não aguentava mais passear sozinho, chegou a ter ódio de passeios culturais sem perceber que o que marcara era a falta de ter com quem partilhar tanta novidade. Até que descobriu seu passa tempo preferido. Possuía um jardim que fora muito bonito e pomposo no passado. Agora, parecia mais um quintal. Vários formigueiros se instalaram e a maioria das plantas já não tinham flores enquanto que as trepadeiras tomaram conta até do telhado, precisando urgente de uma reforma. Como não possuía prédios ao redor de seu quintal, estava acostumado a tomar banhos de esguicho desde criança, sem nenhum incomodo de ficar pelado. Banhos de sol, esguicho,...