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Mostrando postagens de junho, 2019

Walk- Renê Paulauskas

Fiquei, fiquei chateado sim. Quantos socos na cara mais vou levar? Mas estou me curando, ainda de ressaca. Sim, já limpei os meus contatos. Estou clean, light. Limpo, sem passado, pronto pra caminhar.

Vdd- Renê Paulauskas

Se na própria família encontramos gente que mal aguentamos. Que dirá lá fora, no meio desse mundão.

Insólito- Renê Paulauskas

Gente, o insólito se encontra dentro. Entre os parafusos, na perda auditiva da razão. Isso não quer dizer que não pensa. Pelo contrário, pensar demais às vezes tira o foco das coisas. E se alcança outras coisas, coisas essas anormais. Só vais ter assunto com outros tais, que foram além também.

Gente- Renê Paulauskas

Mar de gente. Gente que vem, gente que vai. Gente difícil de tocar. Gente difícil de se aproximar. Gente indiferente. Gente sorridente, que se dá. Gente que convida pra jantar. Gente que te toca pelo olhar. Gente. Gente que vem, gente que vai, gente que fica.

Ibernar- Renê Paulauskas

Hoje tem muita coisa, tem coisa alguma. Tudo que é sólido desmancha no ar. Vou me jogar de cabeça no sofá da sala. Sonhar com dias melhores. Inverno é bom pra ibernar.

Batalhas- Renê Paulauskas

Esse mundo é de batalhas. Índios caçados por colonizadores. Mas os vikins se pacifiraram, viraram o mundo desenvolvido. Guerra de informação. Guerra híbrida. Donos do poder. Daqueles que ganham quando perdemos. Só um chá pra acalmar os ânimos. Desse mundo cruel e humano.

Homem- Renê Paulauskas

Vil e patético é o homem, aos olhos do que ama. Sede tem, dá de beber. E quando escurece, volta pra casa e dorme. Mas tem receio de sair nas tardes claras de inverno. Medo desse bicho, homem. Que não ama. Só reclama sem ter a quem chamar.

À francesa- Renê Paulauskas

Às vezes falo demais. Outras sou mais ouvidos. Tudo depende. Se me acende o espírito. Ou se sou crítico aos dos outros. Uma hora protagonista, criticado e até mal visto. Hora, plateia. Do tipo que não faz barulho, e quando pode, sai à francesa de uma festa chata.

Cais- Renê Paulauskas

Vai, estrangeiro, antes de atracar! Minha vista continua procurando. É verdade que só tenho visto miragens. Vislumbre de vida em furtivas ilusões. Meu coração não basta, quer mais. Vivo assim solitário no cais.

Gênio- Renê Paulauskas

Às vezes fico horas pensando em antigas namoradas. Penso sobretudo naquelas que fui mais feliz. Nas que ainda sobrou um carinho. Mesmo eu tendo estragado nosso namoro com  meu gênio intempestivo, fruto da bipolaridade. Penso em como poderia ter sido feliz, se não esse jeito. Depois repenso. Nunca as teria conquistado se eu não fosse assim.

Fato- Renê Paulauskas

Nunca vamos saber, se foi real, se foi ilusão. O que pode ter sido real para mim pode ter sido ilusão pra você, ou vice versa. Em alguma dessas paredes iremos esbarrar. Por isso mesmo, frágeis. Sem saber o que foi de fato. O fato explica sempre muito pouco. A vida é a matéria entendida pelo espírito.