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Mostrando postagens de março, 2022

celular novo- Renê Paulauskas

Minha mãe comprou pra mim um celular novo, o velho não funcionava mais. Ele é tão pequeno que é impossível escrever nele, por isso hoje, escrevo aqui no computador. Acho que vai ser bom começar a escrever aqui, mais profissional. E o celular, esquenta e descarrega em poucos minutos de uso, só vou usar em extrema necessidade.  

Homo Óculos - Renê Paulauskas

Nossa espécie, depois do advento do smartphone, deveria passar de homosapiens sapiens para homo óculos, do tanto tempo que passamos vendo coisas no celular. Distrações, coisas inúteis, e todo um mercado estratégico para essa demanda.

Desgovernado- Renê Paulauskas

Os mesmos trilhos, a mesma estrutura, trem desgovernado. Corpos sãos, mente não. Se exprime a visão realidade. Anjos, Deuses, coabitam a materialidade da carne. Tem que fingir que só vê o chão.

capitalista- Renê Paulauskas

Para ser um capitalista comece não dividindo o que é seu com ninguém. Segundo, transforme tudo a sua volta em dinheiro. Terceiro, gasta o mínimo e acumule o máximo. Certamente terá uma vida infeliz. Talvez no último suspiro pense em fazer tudo diferente. Mas será o que essa burrice te levou.

Portas- Renê Paulauskas

Só fecho portas quando não há mais o que se fazer. Quando cortaram o diálogo, quando, em outras palavras, já fecharam a porta. Então fico sozinho, lambendo minhas feridas, até sair de novo. O mundo é essa constante renovação. Dolorosa, mas essencial.

Pessoa errada- Renê Paulauskas

Era a pessoa, a pessoa errada. Cobria um vazio no aspecto social, mas era torta, desprezível, não condizia com seu lugar do lado dos outros. Não tinha empatia, era incapaz de reconhecer seus erros, mais ainda de pedir desculpas. Era um erro. Melhor um espaço vazio que algo que a gente se arrependa.

Compulsão - Renê Paulauskas

Fico aqui escrevendo há dez anos só nesse blogue, esperando que a arte se concretize, que tenha um sentido. Mas me deparo com o risco de ter tudo apagado ou nem ser lido. Como uma compulsão que morre com seu doente. É preciso correr atrás, é preciso mais.

Tempo livre- Renê Paulauskas

O que fazer com o tempo livre, é fácil quando se está bem acompanhado, seja um amigo ou uma paquera, mas o que fazer quando se está sozinho. Vejo muita TV, como, caminho, às vezes leio, escrevo e até faço umas musiquinhas... Ainda assim sobra tempo livre. Acho que eu estou precisando trabalhar.

Família - Renê Paulauskas

Matei meu pai, fui morar com a minha mãe, virei mãe da minha filha e amigo da minha irmã.