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Mostrando postagens de junho, 2020

Amor- Renê Paulauskas

Na verdade não fui feliz no primeiro amor. Na segunda chance que tive, fui. Namorei, tive uma filha, moramos os três juntos, por um tempo. Até que de novo veio o fim. A diferença é que dessa vez surtei. Quando dei por mim já era outro. E tive que carregar a desilusão do amor como uma ferida que não fecha. Mesmo assim ainda guardo numa caixa de madeira aquela carta primeira daquela que dizia ser uma admiradora com seu desenho de um calango boiando num tronco rio adentro numa noite de luar. Sua carta faz parte da minha essência, assim como parte do processo de cura. Mas ela, a mãe da minha filha, não mais. Assim guardo na caixa o recorte de nossa juventude, para ver se renasço mais uma vez, dessa vez em outro lugar.