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Mostrando postagens de maio, 2015

Fenômeno de expansão no Universo- Renê

Quando se jogam pedras em direção a um muro, seu trajeto vai deslocando uma das outras a ponto de estarem todas afastadas umas das outras quando atingem o muro. Esse processo tem interação com o ar, mas mostra algo muito mais importante, a tendência de cada pedra procurar espaço independentemente. Esse fenômeno pode ser exemplo para descrever a expansão. Dessa forma, sejam nas coisas mais minúsculas até o universo, tudo está em expansão, como tendência natural das coisas neste mundo visível. Interessantemente, no aspecto da energia, parece acontecer o contrário, mas isso é outro assunto para outra dissertação. 

O vácuo da pele- Renê

O vácuo da minha pele é uma mancha branca que não sai Quisera fugir de mim nada sobraria Somente o mar, seu dorso escuro a carregar-me na febre de olhar estrelas Por isso durmo Pra navegar em mim mais uma noite Antes que o dia fira minhas mãos

Exposição na "Festa Dionísica"- Renê

Outro dia recebi um convite para ir a uma festa onde uma amiga ia discotecar. A festa era organizada pela Marina Caires, pessoa para quem há anos atrás fiz uma exposição de cartuns eróticos para a festa “Dionisíaca” na época. Lembro que passado o período da exposição ela pediu para ficar com meus cartuns mais um tempo duas vezes e quando fui buscar os originais, me deu a desculpa que os papeis tinham sido comidos por cupins e teve que jogar tudo no lixo. Ideias, desenhos, trabalho, arte final, e originais, tudo direto na lixeira. Tive que recusar o convite para minha amiga, espero que ela entenda.

Vinil contra todos os egos- Renê

O grande erro é sempre o ego. Assim, o pseudo espiritualizado procura a iluminação, isto quando não pensa que já se iluminou; o pseudo revolucionário acha que precisam dele para salvar o mundo; e o pseudo idealista acredita que o mundo não tem valor sem suas ideias. Quando todos eles procuram se envaidecer do pior modo. Salve meu amigo Vinil, que se veste como um mendigo, mas não lhe faltam boas ideias!

O Universo cheio de Buracos-negros- Renê

O buraco negro é a única força capaz de absorver tudo, inclusive a luz, pela gravidade. É uma possibilidade, que a matéria acumulada de um buraco negro possa gerar por uma passagem do Multiverso um novo Big Bang do outro lado, gerando um novo Universo. Assim, a partir de cada novo Universo, formado e em estado de expansão, seriam criados novos Universos num perfeito desenho de côncavos(Universo) e convexos(Buracos-negros) em forma de fractais, se espalhando pelo Multiverso.   Esta ideia traz também a difícil possibilidade de que nosso Universo tenha sido o primeiro a se formar por este sistema.

Universo- Renê

Se é verdade que nosso universo é demonstrado por uma velocidade da luz que não pode ser ultrapassada e ao mesmo tempo é sugada pela força de um buraco negro, a função: gravidade/velocidade= buraco negro/velocidade luz demonstra uma interdependência dessas duas forças agindo contrariamente, e o universo não pode ser explicado somente por elas. Para que essas duas forças existam contrapostas é preciso que uma terceira força, maior ou mais forte, desloque a equação gravidade/luz. 

Embaixo de escombros- Renê

Vivo embaixo de escombros Quem vai me encontrar? Ouvindo as pegadas Penso que irão me encontrar Esperança, esse sentimento confuso que assola. Pudesse me desprender do chão Ou cavar um túnel em outra direção Mas não Sou somente o resto que sobrou Daquela construção Daquela confusão E hoje estou aqui Ouvindo as pegadas lá de fora

Momento- Renê

Nesse momento Sou tão infeliz Como em poucos fui Vivendo o delírio Da paixão e do amor Que sobe a minha nuca Causando transtorno Seria feliz Se nada sentisse E sentissem por mim Toda essa loucura Poderia curtir o momento E meu pensamento Seria livre para andar Mas vivo preso no tempo Dos meus sentimentos Que só fazem atracar   

Natimorto- Renê

Natimorto vivo neste mundo procurando alguma falha na Matrix que me explique um pouco mais do que os outros não podem me revelar. Não confio em ninguém, nem mesmo na minha sombra e escrevo sobre tudo pra mim, pois logo esquecerei pensamentos como este, tão profundos e sem lugar neste mundo. O mundo, uma cova rasa onde não me deixaram morrer, plugado nesses tubos, nesses fios que transmitem um mundo que meu corpo faz acreditar e minha mente diz que tudo é falso. Rodeado de mamulengos moribundos, que me fazem rir, me dão de comer. E preso à máscara do mundo, vivo o teatro mais sincero, aquele do olhar desperto.