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Mostrando postagens de março, 2015

Liberdade- Renê Paulauskas

Hoje acordei como um cego tateando no escuro, mas com uma profunda sensação de liberdade.

A Matrix existe- Renê Paulauskas

A Matrix existe, mas como ela funciona? Por meio de abduções e controle de nossas mentes sem que nós percebamos. Nossa civilização se desenvolveu segundo contatos primeiramente pelos nossos antepassados mais distantes da raça Homo Sapiens. Há registros desse contato pelos Sumérios, mas nossa colonização é bem mais antiga. A tecnologia usada para interceptar e controlar nosso cérebro ainda é desconhecida, mas está inscrita numa ótica mais desenvolvida sobre física, no contexto de quarta dimensão. Esse domínio é camuflado como controle divino, onde os dominadores se passam por deuses de modo totalmente arbitrário e equivocado, sendo claramente um controle bruto e sem escrúpulos. Primeiro é preciso que tranquilizemo-nos, já que somos deuses em potencial, segundo as palavras de Jesus. Que essa dominação está há caminho de ter um fim, conforme aumentamos nossa consciência. Que não ajuda em nada ficar paranoico e ter medos a toa. Que sigamos claros com nossos sentimentos mais puros, mas

O engraçado da vida- Renê Paulauskas

O engraçado da vida não é somente que de crianças nos tornamos jovens e destes adultos e depois velhos. O engraçado é que mesmo crianças já temos a seriedade de alguns velhos e quando jovens a imaturidade de uma criança, e quando adultos, somos jovens, velhos e crianças. 

Não sou de confiar no amor- Renê Paulauskas

Eu não sou de confiar no amor. Este tantas vezes me deu as costas, que perdi a ilusão. Talvez fosse mais feliz, antes bobo que covarde. Agora sofro não por amar, por ser mesquinho e não querer me queimar. Jovem! Corra atrás dos seus sonhos. Não deixe de ser corajoso. Vá aos mares navegar. Que eu fico aqui. O velho mais jovem do mundo! Escondido em roupas que não tem valor. Vivendo de migalhas, migalhas de amor. 

Somos cegos- Renê Paulauskas

Somos cegos diante da brancura da luz que ofusca nosso cérebro e irrepreensivelmente está fadado a fracassar, pois é frágil e inócuo como uma parcela de um instrumento maior, algo que nunca será tangível ou absorvível por nosso organismo sensorial de percepção. Assim vivemos de sombras, falsos dilemas, percepções equívocas como fantoches onde não podemos culpar a ninguém a não ser a outros como nós mesmos. Estamos inseridos numa cadeia de múltiplas camadas. A primeira, fisiológica, natural através de nossa fecundação e desenvolvimento até indivíduos, onde a partir de certo estágio passamos a sentir através de nosso cérebro e sua fisiologia dotada de reações bioquímicas e reações ao meio ambiente. A segunda camada se inicia com percepções e modos de pensar que demonstram um mundo onde somos induzidos por pensamentos e ações numa cadeia em que prejudicamos uns aos outros sem perceber. Esta cadeia não é perceptível a todos e quando acessada pode provocar trauma em alguns por seu conteúd

Símios- Renê Paulauskas

Sou um símio consciente. Não consciente de minha própria natureza como indivíduo, mas da natureza humana, a mesma natureza que está explicita em todas as situações instintivas animais. Àquela que basta um pouco de afastamento mínimo para perceber que não há nada, ou muito, mas muito pouco mesmo, que nos distinga do comportamento selvagem das outras espécies. Talvez, mais a característica de nossa baixa força física, ou estarmos cercados de coisas( tecnologia ) para nos proteger da selva do que uma mudança de comportamento. O modo como um homem olha uma mulher e vice-versa, sua forma física, idade, posição social, é o mais humano e trivial, tão animal quanto qualquer outra espécie. Porém, há uma esfera simbólica que nos distancia dessa percepção, há de que existe o mundo mágico e espiritual. Onde nos identificamos com deuses e coisas acontecem sem uma lógica racional. É deste material que nos identifica como humanos, e consequentemente diferentes dos outros animais. Mas será que nã

Animal- Renê Paulauskas

Não sei porque viajo tanto em ideias inúteis, talvez para me distrair do tédio e sua mordaça. Vejo a espécie nas ruas e dentro de suas casas. Ninguém fala, ninguém diz, são bestas voando em seus casulos, com sede de fitar as suas presas com medo de tudo num mundo cheio de policiais. Queria rasgar suas roupas, provocar o delírio e o surto, anarquizar com todas as regras, só chegando a um limite, o reino animal.

Migalhas - Renê Paulauskas

Vivo de migalhas de outros pães. E assim me alimento daquilo que não existiu de fato, um fragmento involuntário, algo não considerado. E deste modo engano minha pobreza, tecendo fios onde não há esperança, brincando de ser Deus por me achar impotente. Sendo sincero em minha loucura.

Vasto Mundo- Renê Paulauskas

O mundo não era mesmo aquilo que pensava. O embrulho que permeava meus sentidos só fazia sentido pra mim, como um encaixe de significados ocultos numa parede descascada. Agora me entrego a este mundo, com uma linha que nos separa, acreditando só naquilo que penso e desconfiando de seus “sinais”. 

Devorado- Renê Paulauskas

Irritado por tudo Por envelhecer Por andar e exigir-me andar nos trilhos Por ter virado um conformado Uma peça sem cor E agora me pergunto: Do que tenho tanto medo? Medo de tudo Até da vida Medo e castração Olhando a parede vazia As flores sem cor E desapareço Sou eu quem me devorou

Tardio- Renê Paulauskas

Esperaste demais em seu sono Despejaste tardio o desejo Daquele que era puro e sereno Tornou-se arredio aviltamento Deste uma volta inteira sem sair do lugar Foste ao ponto mais íngreme de espiar Agora corre! Não existe volta Não existe tempo Apenas o teu contentamento Pega pra si o que é seu Tua memória árida e turva Teu ensejo que te acultura Tua infâmia que já não tem cura Vê se mais tarde tenha coragem E desnuda os véus sem esperar E espreita com sede de amar E investe no ato e no desejo Nunca o inverso e seu medo Nunca a fuga em seu lugar