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A ALEGRIA DE POUCOS- RENÊ PAULAUSKAS

A alegria de poucos E se o sol pousa a pele do dia Quero ser outra alegria Do entardecer em pele roxa Nas sombras das melancias Tocar sua boca amarga Azeda Extrair o doce-laranjeira De tuas coxas grossas Desumanas Santas E roçar com tanta força Que as trepadeiras tranças Façam daquela dança Nosso soneto de amor E se descontente fores Acompanha as breves flores Que tão breve desaparecem E que a sorte lhes tece Com direito discreto De ser puro reservo De alegria de tantos Pela simples poesia Do seu calor Como planta crescida Depois de erguida Consumida E resumida