Postagens

Mostrando postagens de abril, 2024

A Pedra e a Criança (Poema) - Renê Paulauskas

 A palavra Já não dizia Calada Rocha fria Entre os gatos  Esperando sentado Atento e relaxado O próximo ato Sem saber a vida Sem nem dar por sorte O destino ia se fazendo E o tempo tecendo a morte Mas quando distraía Era a pura vida tinindo Nem sabia do que ria Como criança sorrindo.

Artistas- Renê Paulauskas

 O mundo é um lugar talhado pela exploração e subserviência em todos os sentidos. Existem os capitalistas (poucos) e um mundo inteiro de explorados (trabalhadores). Enquanto a imensa maioria gasta energia em como se adequar para ser absorvido em sua mão de obra pelas indústrias e empresas. Do outro lado, existem as pessoas que se especializam em um método próprio, que também será absorvido futuramente pelos capitalistas, se tiver êxito. Assim nasce o trabalho de vários artistas, obcecados em criar. Pessoas que tem, ou inventam, tempo livre para serem elas mesmas (um mundaréu de coisas) que elas pensam, sentem ou refletem em suas breves histórias de vida. Esse perfil de gente, tem um quê de inconformado com seu exterior. E se conseguirem ficar firmes em suas convicções, não desistindo, ou se entregando à exploração, o supérfluo e enganoso, se tiver êxito, conseguirá mudar o mundo. Até as engrenagens do sistema aproveitarem a novidade afim de lucrar com a novidade.

Silêncio - Renê Paulauskas

Ouvir alguém requer silêncio. Silêncio para digerir as palavras. Silêncio para refletir, só depois falar. Poucas pessoas fazem isso. Por isso o mundo é um lugar, quase sempre, sem fala, e muito barulhento.

Senso comum - Renê Paulauskas

 O senso comum é mediano e implacável. Mediano, porque nunca é o aprofundado, sempre o mais imediato. Implacável, pois todos, usamos sem perceber ideias de senso comum, nem que seja para aprofundar uma questão ou outra. O senso comum está em todos nós. Numa ideia pré concebida, numa primeira impressão, e assim vai. Talvez tenha algo de primitivo, algo intuitivo. De todo modo, somos reféns dele. E talvez, entendendo seu poder, possamos ser menos oprimidos por pessoas sujeitas ao senso comum sem se darem conta.