AROMA-VINICIUS TETTI SILLA
Quero o acaso De ter um prato Onde se sirvam uvas De um deus muito antigo Quase mitológico E na antítese do certo Só posso ser usurpado Das minhas ninfas que me inspiram E deitado na areia Vejo a sereia Que seduz pelo canto Isso quase me arremata Mas tenho uma adaga E quero ser certeiro Quando ela vier Pois não quero ser devorado Lanche degustado A seu bel prazer Por isso corro Para detrás de um monte Onde eu seja invisível E se meu aroma me denunciar Quero galopar pra longe Tão longe que a distância é tão grande Que é aqui mesmo