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Mostrando postagens de julho, 2019

Ilusão (filosófico) - Renê Paulauskas

Esse mundo é de ilusão, às vezes tão densas que provocam dores, feridas. Só o desapego nos afasta de certas armadilhas. Ciladas existem o tempo todo. É preciso saber onde se pisa. Quanto maior o desejo, maior o tombo.

Drogas- Renê Paulauskas

Drogas, pra que te quero? Me deste outra vida, mesmo que invisível. Me tira o desconforto do dia, mesmo de noite. Quando vejo, já não vejo nada. Sou guiado pelo desejo, que seca a boca e diz amém.

Monstros- Renê Paulauskas

De tanto deletar sobrou só a tela em branco. Que fazer se nada últimamente o interessava? Esperava um encontro, algo novo, que renovasse o ar. Em vez disso, monstros, tão pesados em seus corpos, cuspindo, arrotando e peidando, como se fosse a coisa mais natural. Estava difícil de encontrar ar fresco em meio a cheiros tāo desagradáveis.

Resíduos- Renê Paulauskas

Resíduos contaminados coçam minha pele. É preciso tomar um banho. Evitar as rotas contaminadas. Em quarentena. Esperando passar essa curta fase de lixo humano. Que ventos novos refresquem o céu.

Frio- Renê Paulauskas

O peso da minha cabeça retarda o movimento dos meus pés. Caminhando pareço não chegar a nada. Mas a paisagem muda, semana a semana. Chá, toca, blusa de frio. É difícil se esquentar neste inverno.

Sinais de vida- Renê Paulauskas

A vida parece retomar donde parou. Os semáforos se abriram. Já não faz tanto frio. E esse mundo não é nada do que esperávamos, ainda bem!

Em casa- Renê Paulauskas

Hoje não quero pegar trânsito, não quero pegar fila. No dia em que todos querem sair vou ficar em casa. Protegido do frio e das pessoas loucas. Tomando um chá com mel ou chocolate quente.

Lento- Renê Paulauskas

Tinha esquecido como é ser ''normal'', e ter que engolir todos os sapos agindo da melhor maneira, como se nada tivesse acontecido. Melhor nos afastarmos dos problemas, gente mal intencionada há em toda parte. Não perder muito tempo pensando nos problemas, também faz parte. Caminhando lentamente.

Enfim- Renê Paulauskas

Aceito denovo à vida, sua arte começara a falhar. Tocava o violão e nenhuma música boa para gravar. Escrevia em seu blogue e após, deletava. Que estava por vir? Será que enfim teria sido aceito ao mundo com todas chances de medíocres seres humanos mais uma vez? Certeza não tinha, podia ser só mais uma de suas ideias.