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Mostrando postagens de abril, 2018

Prisão- Renê Paulauskas

A super estrela de Hollywood está presa em sua mansão. Não pode sair nas ruas como um anônimo ou ter uma vida normal. Se quer, tem uma, não confia em ninguém, é um escravo da própria imagem criada. A solidão, sua maior companheira, está minando sua energia, não há vitaminas ou tratamentos que o segurem pela eternidade. Mas para nós, ela sempre será o motivo de nossos desejos, nossos anseios de chegar lá. Somos escravos desse mundo. Suas leis, suas regras, não há um ser humano que não as sinta às vezes contrario à suas imposições. Mas vai além, somos subservientes ao sistema, todos, sem exceção, ao poder e ao dinheiro. E mais intimamente, somos escravos dos nossos desejos, nossos pensamentos. Isso alimenta o sistema de maneira inimaginável. É uma grande bola de neve, que passa por cima de nós nos levando junto. O sistema é algo tão difícil de controlar como nossos impulsos, desejos e pensamentos, só que elevado à potência de bilhões de pessoas. Somos um amontoado de inconsciente c

Táxi de Jafar Panahi- Renê Paulauskas

Assisti hoje o filme iraniano: “Taxi” onde Jafar Panahi, em seu carro, dá carona para vários personagens. O filme brinca todo o tempo com a questão do que é realidade. Coloca cenas com aparência de filme documental, discutindo os limites de apresentar, as coisas como são, num cinema de grande distribuição. O discurso de uma advogada florista, é mostrada como realidade sórdida, e impossível de ser revelada inteiramente. A realidade penetra a ficção de um modo visceral, inesperado, e nos contamina com a questão do que de fato seria a realidade.

Na Matrix- Renê Paulauskas

Na Matrix, somos nós que projetamos nossa própria realidade. Esse processo se dá por impulsos neurológicos que se propagam na aparente realidade à nossa volta se expandindo até o todo. Um bom exemplo para exemplificar, seria uma pequena onda circular criada por impacto de um objeto qualquer na água e a expansão dessa onda envolta. Podendo dar o nome dessa “realidade” em que vivemos de campo de realidade auto idealizada. Sair dessa realidade totalmente é impossível. Mas podemos sintonizar com outros universos de realidade. Que ao todo, são todas faces da mesma realidade. A verdadeira realidade seria desvendar todas as “realidades” em nome de uma abertura de consciência capaz de nos retirar desse mundo, no qual estamos aprisionados. Enquanto isso vamos levando a vida, como numa prisão de luxo, sabendo que somos reféns do nosso próprio olhar.

Crime contra ex-presidente Lula- Renê Paulauskas

Judiciário brasileiro comete crime contra ex-presidente Lula, o prendendo por doze anos e um mês numa penitenciária em Curitiba, Porto Alegre, Brasil. O crime foi cometido através da operação Lava Jato, supostamente criada para investigar a corrupção, com verdadeiros interesses em acabar com o PT (partido dos trabalhadores) e tira-los do governo para a EXXO-MOBIL comprasse a Petrobrás, com alegação de que estava envolvida em crime de corrupção. O suposto crime que Lula teria cometido seria ter recebido um Triplex da construtora OAS, mas não existe documento algum comprovando que em algum momento esse apartamento foi do Lula, definindo assim uma criminalização sem provas. Mesmo assim, foi condenado pelo Tribunal Regional-4 de Curitiba, e negado seu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal.  O crime contra o Luís Inácio Lula da Silva é gravíssimo, e põe todas as instituições brasileiras ditas democráticas em cheque. O apoio internacional ainda não se deu conta totalmente da gravida

Matrix- Renê Paulauskas

A vida na Matrix seria como uma projeção dando a falsa ideia de vivermos num mundo real. É muito difícil, se não, impossível, de sabermos como funciona, na parte interna, esse sistema, sendo que só ficamos com a parte onde estamos submersos à “realidade”. Existem formas de atingir outras realidades, dando luz à questão de como as coisas funcionariam. Uma dessas realidades é a realidade espiritual, tanto como comprovação de deuses que interferem neste mundo, como na potencialidade de que cada um pode se manifestar como um ser divino através da exteriorização de seu próprio self (seu eu mais profundo). Acredito que o convencimento da maioria não é o mais importante. Caso a pessoa não descubra por si mesma, através das próprias experiências, acreditar nestas coisas se torna algo, no mínimo, sem propósito. O interessante é que, de algum modo, brechas no sistema, estão colocando assuntos como este em pauta. Na minha opinião, à serviço da própria Matrix.  

Cuba, o cameramen- Renê Paulauskas

Assisti hoje o documentário “Cuba, O Cameramen” na Netflix. Fiquei chocado como Cuba ficou totalmente fragilizada depois do fim da União Soviética. De 1990 a 1999 mal tinha comida para as pessoas comerem. De 2000 até 2016 Cuba viveu principalmente do turismo. E em 2016, com a morte de Fidel, em diante inicia-se a abertura econômica. Tudo tão rápido, desde a revolução cubana em 1959 até hoje. Nos anos 70, a saúde e educação eram de primeiro mundo e atendia a toda população, sem cobrar um centavo. Casas populares eram construídas próximas aos postos de trabalho como moradias gratuitas para milhares de cidadãos cubanos. Todo povo cubano sentia orgulho da revolução e de serem cubanos. Mais de 80% dos produtos vinham da União Soviética, assim como bilhões que sustentavam Cuba. Com a queda do muro de Berlim, Cuba caiu junto. E nunca mais conseguiu se erguer novamente. A própria saída através do turismo, remonta aos anos em que, antes da Revolução, Cuba era explorada pelos Estados Uni

Loucura versus auto-conhecimento- Renê Paulauskas

A loucura assusta tanto por ser desagregadora, principalmente das falsas ideias, ideias perfeitas sobre família, sociedade. Que rejeita todos os diferentes, em nome de uma imagem falsa de comercial de margarina, criada para as pessoas comprarem, não pensarem. Quando a pessoa que surta, muitas vezes, está sendo ela mesma de um modo mais profundo, se comunicando com ela mesma, sua alma e intimidade. Por isso alguns demoram tanto para voltar a compartilhar sentidos nessa sociedade desagregadora e sem sentido, que só sabe vender e consumir. Estados Unidos voltaram a atacar a Síria, acompanhados da França e Inglaterra, com o pretexto de serem contra as armas químicas usadas pelo governo contra a população. As armas químicas, assim como antes os mercenários disfarçados de grupos terroristas, são mais uma estratégia implantada para manipular a mídia a favor da invasão. Os interesses de uma guerra são sempre comerciais. Volto à sociedade sem sentido, desagregadora, que só sabe vender e com

Kant, brevemente- Renê Paulauskas

Segundo Kant existem dois tipos básicos de discurso. O discurso analítico, o qual fica concentrado numa análise, exemplo: Um quadrado tem quatro lados; e possíveis desdobramentos da mesma análise, exemplo: Todos os lados e ângulos do quadrado são iguais; seus ângulos são de 90 graus, etc. O outro tipo de discurso é o sintético. Onde somasse conteúdos diversos, exemplo: Um quadrado caiu no chão; ou ainda: Não era um quadrado e sim um cubo, que se abriu espatifado na areia... Segundo Kant só se adquire conhecimento de modo sintético. Acho que os discursos analíticos servem bem para quem gosta de encher linguiça por não saber o que falar, e do outro lado, de quem finge compreender discursos vazios que se perdem em si mesmos.

Multinacionais- Renê Paulauskas

O capitalismo moderno é constituído por empresas multinacionais, muitas vezes sem rastro (endereço fixo) por serem muitas vezes conjuntos de outras empresas que se tornam uma única multinacional. Seu modo de obtenção de lucro também é indireto, como, por exemplo, a Google, que aparentemente serve um serviço de informação, mas ganha com um serviço complexo de venda dos dados de informação de seus usuários para empresas que vendem serviços e produtos. Essas empresas, sem rastro e sem um modelo simples de rastreamento de seus lucros para impostos, formam menos de um por cento da humanidade, que acumula mais riqueza que os outros noventa e nove por cento da população mundial. Essas empresas tem poder de interferir em nações inteiras sem compromisso nenhum com o desenvolvimento e bem estar do planeta, quando deveriam contribuir, pelo menos financeiramente para este fim. As grandes corporações do mundiais governam por princípios do capital financeiro de modo totalmente desumano, sem intere

Lula, amado e odiado- Renê Paulauskas

Por que as pessoas amam ou odeiam Lula? Pelo fato dele ser um típico brasileiro, que já passou fome no nordeste, virou operário, cresceu no sindicato dos metalúrgicos, e que virou Presidente sem negar sua história, sua origem. De um lado, metade desse mesmo povo, se identifica com ele, sua política, sua visão. Por ele reconhecer os problemas e a realidade de um país sem desenvolvimento e por lutar para transformá-la, fazendo do nosso país, a partir de nosso potencial, uma potencia. Outra metade renega vilmente essa realidade, a realidade da pobreza, da falta de estrutura, dos reais problemas do Brasil, e prefere fingir que essas coisas não existem. Em vez de se inconformarem contra sua opressão, defendem a opressão por não conhecerem outra realidade, a não ser, sonhar a vida dos poderosos, da elite brasileira, essa elite que através das televisões definem os desejos dos famintos, famintos de sonhos para esquecer sua realidade mais dura. Enquanto esses poderosos manipulam os sonhos, o

Pobre barata- Renê Paulauskas

Hoje matei uma barata! Não como normalmente, por motivos de higiene. Matei por cansaço. Cansaço desse golpe que não termina. Dessa política de criar guerras híbridas no mundo inteiro. De usarem a mídia como arma de manipulação da massa ignara. De me sentir cada vez mais acuado no país que mais mata defensores de direitos humanos no mundo. Onde a maior parte da população é pobre ou miserável por ter mais melanina na sua pele. Onde a elite só pensa o país como agro exportador, sem nenhum desenvolvimento. Sim, eu matei a barata, mas ela não tinha culpa de nada disso.

Hoje com minha filha- Renê Paulauskas

Hoje minha filha, de dezesseis anos, me falou que faria um debate na escola sobre sistemas de governo e que tinha escolhido o Socialismo para defender, e me perguntou se eu poderia dar alguma ideia para ela. Defender o Socialismo num mundo onde o capitalismo prevaleceu, parece difícil a primeira vista, ou no mínimo utópico. Mas lembrando de seu início, como crítica ao capitalismo desenfreado em que mulheres e crianças trabalhavam mais de doze horas nas fábricas em regimes insalubres, e a pobreza era generalizada entre a população, vemos que temos muitos motivos para voltar a defender as ideias socialistas. Hoje é mais fácil defender o Estado de bem estar social, como regulador, dando equilíbrio e harmonia para uma sociedade menos desigual por meio da redistribuição de riquezas pelo Estado a partir dos impostos coletados. A ideia de Estado de Bem Estar Social foi de um economista chamado Hayek, que previa que se o estado não reequilibrasse o mercado, esse viria a falir. Afinal, qu

Povo preto da favela- Renê Paulauskas

Vivemos num país onde uma enorme parte da população é contada como invisível, só aparece para contar votos em época de eleição, eleição essa que usa sua imagem nas campanhas, e se eleita, continua desconsiderando sua presença, por não considerar essa população como cidadãos. Assim, mais de um século após o fim da escravidão eles vivem à margem sem acesso aos recursos como cultura, educação, garantia de direitos que poderiam ajudar a mudar sua história. Vivendo em guetos, locais de resistência, com uma cultura local e étnica, esses grupos lutam para serem ouvidos. Uma luta de fé, desigual, injusta, um dos poucos motivos para nos orgulhar do povo brasileiro. Todo nosso apoio ao povo preto da favela! Que não existam diferenças de direitos e oportunidades. E que esse dia chegue logo!