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Mostrando postagens de 2013

BLUES IMPROVISO DE RENATINHO E RENÊ

https://soundcloud.com/user929374678/o-sapo-r-r

LADO B- RENÊ PAULAUSKAS

LADO B   Aquela ansiedade estava desequilibrando sua rotina. Como uma força de vontade própria, não tinha mais paz em sua casa. Não parava de comer. TV, computador, violão. Queria um trabalho. Dinheiro não tinha, pensar em mulheres estava fora de cogitação. Queria uma distração, mas o que fazer? As opções sempre se resumiam a arte. Mas que arte sobrevive sem uma vida por trás da arte? Precisava de vida e pra isso de dinheiro. Sem dinheiro, não saia e resumia sua ansiedade em ficar ansioso dentro de casa. Dinheiro para o transporte até que tinha. Poderia se deslocar até uma exposição. Parou, pensou. Mas pegar dois ônibus, ter o risco de pegar o rush, nem pensar. Estava com preguiça. Preguiça e tédio de ficar em casa. Ligou para um amigo para ver se pagaria uma cerveja, nada. Foi então que lembrou que tinha meio litro de cachaça. Não teve duvida. Ligou para seu amigo convidando para tomar uma batida antes do show de graça que teria mais tarde do lado de sua casa.  

Crônicas Humoradas- Renê

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ESPELHO DÁGUA- MÚSICA DE RENÊ E RENATINHO

https://soundcloud.com/ren-paulauskas/espelho-d-gua-renatinho-rene

IMPROVISO - RENE E VINIL

https://soundcloud.com/vinil74/improviso3

Sereia- Renê Paulauskas

Moça, que vem a minha alma O vento sopra, como furacão Por onde nadam teus dedos tão longos? A ternura de seus olhos não sai da minha pele Em seus ombros curvados, a grandeza de uma esfera E fugia assustada Só queria o seu olhar

De bicicleta- Renê

https://soundcloud.com/ren-paulauskas/de-bicicleta

SAUÁ- ÎASARURU

  26 de janeiro de 2013 às 22:46 Que pena, as penas que enfeitam o cabelo da morena trazem em seu rosto o penar. As penas em suas orelhas balançam no toque suave do vento. Eu lamento a tristeza em seu olhar! Suas lagrimas escorrem em sua face cansada e morrem em seus lábios risonhos de sonhos.. É uma pena que a lembrança das belas penas não estejam mais lá.  

Um pouco do nosso não fazer nada, de Vinil e Renê...

https://soundcloud.com/ren-paulauskas/instrumental-vinil-rene

O GAITISTA REBELDE- RENÊ PAULAUSKAS

  O jovem, passeando pelo centro, viu um objeto brilhante, um pequeno instrumento. Era uma gaita chinesa, que logo de primeira, tirou tantas melodias, que mesmo depois de tocar, ouvia em sua cabeça. O tempo foi passando, mais velho foi ficando, e sua música acelerava, como um pífano, uma guitarra, ou um grito que lá se ouvia, fosse um lamento, alegria, ou mais o que se queria. Foi então que fez um amigo, que estudara composição, tocavam juntos acordes estranhos, um tipo de jazz sem precisão, e esse amigo fez sua cabeça. Começou a tocar outra gaita, uma gaita que era para orquestra, pesada, complexa. Depois esse amigo lhe deu um violão. Começou a estudar por conta, a tirar as primeiras notas, melodias, triviais composições. Não satisfeito, começou a tocar o piano de seu amigo, mas sem efeito, após tocar, fosse gaita cromática, violão ou piano, nada mais se ouvia de música em sua cabeça, era tudo um monte de notas, que sem nenhuma destreza, era um monte de soma, sem a sua ma

TRÊS MINUTOS - VINICIUS TETTI SILLA

O piano é muito complexo Só que alguns acham toca-lo muito simples Como a agua fluindo de uma fonte Pode-se tocar um minueto Ou pode tocar Hermeto Hoje em dia se toca teclado Com inúmeros timbres e recursos Pode-se mudar o curso de uma música Pode-se tocar com uma sinfonia Depende da harmonia Todo pianista inveja um pouco o violão Pois dá pra levá-lo pra qualquer lugar Já carregar um piano nas costas... O piano tem teclas brancas e pretas Com isso da pra se imaginar uma borboleta Que voa não pelo acaso Mas guiada pelo um sentido Dá pra se fazer uma peça pra esse instrumento Além disso com muito sentimento Mas paro por aqui Pois nos dias de hoje não fica bem tocar uma música de mais de três minutos

Sinistro- Renê

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Arbusto- Renê

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Ponto A- Renê Paulauskas

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O Tocador de pífano_Renê Paulauskas

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Todas as tardes, um homem atravessava a cidade até um parque. Saia de casa com um banquinho e uma flauta, subia a rua mais alta de seu bairro, descia para o bairro vizinho, atravessava uma ponte e entrava por uma porta pouco conhecida. Dentro do parque, lá estava ele, tocando junto a pássaros das árvores envolta. Um homem, que trabalhava num escritório enfrente observava pela janela. Um dia teve a coragem de perguntar: __Bom dia, senhor! Por que você vem sempre a esta mesma praça? __A primeira vez que vim, cheguei aqui as 11horas e sem perceber já eram 16horas. No dia seguinte, achei que seria diferente, então trouxe minha flauta e sem eu perceber, de novo passou o tempo. Logo comecei a reparar nos pássaros e conhecer seus cantos. Tocamos juntos já há oito anos. __E o senhor já pensou em se apresentar em público? __Não, ainda não estamos preparados, tocamos para nós mesmos. Mesmo porque, acho que o compromisso com o público talvez exigisse responsabilidade demais par

calango- FAIFI

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O rei e o jovem-Renê Paulauskas

O rei, nas horas vagas, tinha como passa tempo predileto, passear em seu jardim, observando a flora, os lagos e os pássaros que ali moravam. Com o tempo, percebeu que apareciam cada vez mais pássaros mortos em seu gramado. Um ano depois, os guardas encontraram um jovem de estilingue a beira de seu jardim. O jovem foi levado ao rei e esse disse: ‘’ a partir de agora ele cuidara de meu jardim, dos lagos e de meus pássaros’’. O jovem ficou surpreso, mas nada contente, tentando fugir diversas vezes na primeira semana. Na segunda semana, começou a regar as plantas e limpar os lagos. Na terceira semana, já reparava nos diferentes tipos de flores e em cada canto de pássaro. Na quarta semana, o jovem achava uma delícia ficar cuidando daquele jardim, podendo descansar em seu gramado e prestar atenção no canto dos pássaros. Foi aí que apareceu o rei e disse: ‘’pronto! Podem tira-lo daqui, ele já aprendeu o que devia’’ e o expulsaram da-li. Dizem que o jovem ficou tão puto, mas tão puto, que

SEM NEM MAIS NEM POR QUE - VINICIUS TETTI SILLA

O senhor me disse por que        Porque eu gosto tanto dela Não vivo sem ela Ela é mais que cativante Tem um coração amante Uma alma relevante Sem nem mais nem por que Meu desejo é viciante Quase um romance O senhor me disse por que Vejo-a na janela Jogo uma rosa pra ela Sem nem mais nem por que Mando um beijo pra ela Que cai uma flecha Na beirada do rochedo   Eu conto meu segredo Só pra você Nesse mundo é tanto desencanto Que sou um arauto da magia Essa minha filosofia Pra você E pra terminar esse canto Eu vivo te filmando Sem nem mais nem por que

O Espelho de Dorian- Renê Paulauskas

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Havia um meio choro dentro dele que não conseguia expressar. Era um tipo de constatação de um defeito que não podia corrigir. Talvez as novas ações sim, mas o passado não poderia mudar. Então se viu feio no espelho. Não era algo visível, era algo interno. Talvez só uma má impressão. Era uma espécie de retrato de Dorian Gray ali ao vivo. Isso o assustou e tentou fazer o possível para contornar a situação reafirmando para si que era uma pessoa boa. Mas a impressão não passou. Teve que escrever uma carta sobre si e dentro dela um ser que parecia com ele. Essa busca dele mesmo sempre criava novos personagens, que a partir tomavam vida própria. Mergulhado em palavras logo não mais se lembrava de seu monstro, que ficara guardado páginas atrás.  

O HOMEM E SUA GATA- Renê Paulauskas

Tão controverso como suas palavras era sua vida. Fugia de ideias ruins apressando o passo pelas ruas. Naquele dia os semáforos descontentes atrapalhavam sua ida de volta para casa. Se achava preso por livros, frases e palavras que não lhe diziam nada. ‘’Ah, que saudade de surtar’’ pensava agora em seu jardim. Sua gata o acompanhava lentamente, preguiçosa como ele, e ele pensava: ‘’Nem tu, selvagem!’’. As coisas esfarelavam enquanto tomava sol. Não ligava mais de terminar as coisas, achava isso uma doença. Queria curtir a vida, mesmo sem dinheiro ou namorada. Então voltou a olhar sua gata ali deitada. ’’Que tantos atrasos, atropelos e desastres te deixaram aqui, que seus filhos todos fugiram de casa? Ou foi somente a água, a comida e a sombra que te tiraram a ânsia? Justo você que nasceu na rua. Você a mais selvagem da família veio aqui ter seu fim? Não te culpo. Tens de tudo. Sou eu a tua família. Mas se você que é selvagem terminou assim, o que será de mim?’’.

AO CAIR A MOEDA- Renê Paulauskas

Ao cair a moeda o medo de se tornar como seu amigo, naquele quarto sujo cheio de moedas espalhadas pelo chão como se não tivessem valor. Um segundo antes se orgulhara, queria ser como ele, gostava dele, mas não aquilo da desordem, isso queria longe. Sentado ali, de frente pro mar, olhando as gaivotas sobrevoarem o farol dentro de sua imaginação, sentado à noite em seu quintal. Quando estava com a cabeça longe ficava mais bonito; acho isso porque as moças o olhavam nessas horas. Estava descobrindo algo novo. Acho que era que não precisava fazer nada, mas que tudo estava ligado. Longe de ser, pensava no que poderia tímido. ‘’Eu queria ser azul, pra não existir nesse mundo’’. Pensou varias vezes, até o mundo se impor devagarinho, como uma gorda que vai te conquistando aos poucos, dando doces de um em um, até sentir que já não vivia o inferno, que existia para cada dia bom, um ruim e quando aceitou, veio o lugar onde podia viver um dia bom com outro bom e assim. Às vezes recaia com

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OS SONHOS-VINICIUS TETTI SILLA

O mundo dos sonhos às vezes é uma maravilha Um mundo lúdico cheio de fantasias Quem me dera a realiade fosse igual Seria um mundo mais feliz Mas às vezes tenho pesadelos que me fazem acordar desconcertado suado O inconsciente e seus misterios Cada peça que nos prega Sonhos com mulheres maravilhosas Outros com voce sendo um prodígio Outros ainda psicodélicos O real ora tão cinza é compensado pelo mundo onirico Não quero ser piegas Mas que bom um dia acordar E tudo for um sonho bom Não seria o ideal?

O surto-Vincius Tetti Silla

Devaneios, delírios e alucinações são encaradas de uma forma real As mascaras do drama e da comedia colam em nossas caras muito intensamente É como mergulhar numa piscina e não precisar subir pra respirar Você esta imerso e nem se dá conta Sensação vertiginosa que pode ser um pesadelo ou um sonho bom É como voar e não ter asas dando rasantes sobre os meros mortais E viajar entre os planetas outras galaxias num superespaço  Comer sarapatel achando que esta comendo caviar E oferecer um pouquinho pra seus amigos imaginarios Mas ai tudo volta ao seu normal  E você reflete: sonhei, vivi ou imaginei Tudo volta ao seu fluxo normal E você se sente de novo na órbita da terra

Dos surtados, dos loucos e malucos-Vinicius Tetti Silla

Agora entendo um pouco mais sobre estar surtado, louco, maluco, o diabo. São momentos, pra alguns mais duradouros e pra outros nem tanto, de uma embriaguez de neurotransmissores que regem nossa vida psíquica. Alterados por estes passamos a viver ou sentir as coisas numa espécie de mundo paralelo; e nem nos damos conta de que a vida transcorre normal, no seu fluxo linear. Pra os surtados pode se ter a impressão que em uma hora passou um minuto ou vice-versa, num mundo de alegorias  e monstros da imaginação; ou mesmo que você esta se  deleitando numa água termal bebendo champagne com cinco mulheres a disposição. É um pouco como a teoria da relatividade de Einsten onde a velocidade distorce a noção de tempo. O tempo psíquico é distorcido pelos vilões neurotransmissores, que são vitais quando em perfeito equilíbrio, mas que distorcem a impressão das coisas, acontecimentos quando estamos encharcados deles. Achamos que o nosso cérebro controlam as coisas como: a natureza, maquinas, p