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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

Breve ensaio sobre a "loucura" como poder mental- Renê Paulauskas

Chamar alguém de louco é o mesmo que ignorar seu discurso a estigmatizando de doente mental. É um artifício político usado de modo alienado por falta de informação, ou, em último caso, por razões fascistas. Quando na verdade o que acontece entre uma pessoa em estado alterado de consciência, seja por uso de psicotrópicos, ou não e uma outra, em estado normal, é uma diferença estado mental em relação à dinâmica e velocidade das sinapses cerebrais. Cada dinâmica e velocidade definem um estado mental x, e sua alteração um estado y. Só sendo possível uma mediação entre estados mentais x e y quando os estados ocorrem na mesma pessoa, sendo mediado pela memória. Esse processo dialético entre os estados alterados e, através da memória, sua reflexão em estado normal gera uma síntese, que é a consciência além dos limites da razão. Essa consciência é revolucionária e só pode ser alcançada por quem tem ou teve experiências de alteração de consciência. Por isso, na maioria das vezes, essas pessoa

Louco?- Renê Paulauskas

Chamar alguém de louco é o mesmo que ignorar seu discurso o estigmatizando de doente mental. É um artifício político usado de modo alienado por falta de informação, ou, em último caso, por razões fascistas. Quando na verdade o que acontece entre uma pessoa em estado alterado de consciência, seja por uso de psicotrópicos, ou não, e uma outra, em estado normal, é uma diferença em relação à dinâmica e velocidade das sinapses cerebrais. Cada dinâmica e velocidade definem um estado mental x, e sua alteração um estado y. Só sendo possível uma mediação entre estados mentais x e y quando os estados ocorrem na mesma pessoa, sendo mediado pela memória. Esse processo dialético entre os estados alterados e, através da memória, sua reflexão em estado normal gera uma síntese, que é a consciência além dos limites da razão. Essa consciência é revolucionária e só pode ser alcançada por quem tem ou teve experiências de alteração de consciência. Por isso, na maioria das vezes, essas pessoas são chamada

Penso logo crio- Renê Paulauskas

Penso logo crio, é muito mais que uma filosofia, é uma prática que através de evocar o pensamento cria literalmente a realidade. Assim, ao contrário do que se imagina, o pensamento é anterior à própria realidade, e ao mesmo tempo, a cria através do próprio pensamento enquanto prática, que pode ser ou não consciente. Assim, não existe realidade à priori, no máximo, pensamentos à priori. A ilusão da realidade como uma coisa material que existe além de nossa existência, como disse, é só uma ilusão. Ilusão essa que nos aprisiona com toda sua “realidade” material, gravidade, dor. A descoberta da realidade como prática do pensamento e não como realidade material anterior à própria existência se faz individualmente e pode chegar a ser impossível para a maioria das pessoas. Assim esse texto tem sentido contrário a auto ajuda no sentido que se quer pode ser pensado pela maioria das pessoas. Mesmo assim, publico na esperança remota de que algum pensador, no sentido prático da palavra, sinta-se

Meritocracia e outras bobagens- Renê Paulauskas

Vejo um mundo doente, onde poucos dominam um mundo de escravos com o discurso de que todos podem chegar ao topo, discurso esse, da meritocracia, que cria sonhos e ilusões, que escraviza o povo mais pobre e em vez de criar luta e consciência faz o pobre se voltar contra o pobre só para ter um momento de também, como as classes superiores, o poder explorar. Esse discurso rebaixa as classes inferiores a tudo que é baixo ou indigno. Faz delas cegas. Impõe-se a elas o único valor, que não tem valor, o valor do dinheiro e nada mais. Quando se sabe que o dinheiro nada tem de valor em si mesmo, a não ser como valor de troca. O valor do dinheiro é uma abstração. Só tem o valor de troca por algo que seja comprado, nunca antes disso. E só se significa às coisas que compra, num mundo onde existem riquezas muito maiores do o dinheiro, ou seu peso em ouro. Não se pode comprar um amigo com dinheiro, ao menos que seja um amigo por interesse, que faz dele um interesseiro, não um amigo de fato. O mesm

Intervenção militar- Renê Paulauskas

Se o governo quisesse atacar o crime organizado investiria na polícia científica, aumenta o policiamento nas fronteiras, e principalmente, se ocuparia não com os varejistas das drogas, pequenos traficantes, mas com os cartolas, grades empresários do tráfico, alguns fazendo parte do governo. A intervenção militar serve só para atacar a maior parte da população pobre contra o governo, que é expressa pelo preto pobre, localizada, se não na maior parte, nas favelas.

Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire- Renê Paulauskas

Paulo Freire escreve em seu livro Pedagogia do Oprimido, um método diferente do que estamos acostumados em nossas escolas. Diferente do método vigente, onde o professor transfere conteúdos, como se os alunos fossem meros depositários dos mesmos, como se fossem seres sem saberes e conhecimento, Paulo Freire usa a educação problematizadora, onde o professor coordena ações dialógicas em que os alunos são estimulados a verbalizarem suas ideias, fazendo de seus discursos sobre si mesmos, conscientizações em cima de conscientizações, que ao longo do processo define uma consciência histórica revolucionária. O método foi aplicado em camponeses analfabetos, e nesse sentido, o livro tem uma força revolucionária que a todo momento polariza, de um lado o opressor, que mantem o estado das coisas, com medo que o oprimido faça a revolução. Do outro lado, o oprimido, que tem um potencial revolucionário mas inicialmente está preso às ideias do opressor, muitas vezes se tornando opressor como ele.

Judiciário brasileiro comprado

Acabei de ler uma reportagem no Wikileaks sobre uma ordem de censura dada pelo presidente Michel Temer aos jornais Folha de São Paulo e O Globo por um juiz para censurar as informações um hacker que teria chantageado sua mulher. Se o presidente pode censurar dois dos maiores jornais do país, imagine o que ele não teria feito para dar ordem de prisão ao ex presidente Lula a um judiciário totalmente comprado.

Psicologia Social?- Renê Paulauskas

As relações de causa e feito só são medidas pela ciência quando tem uma visibilidade afim de serem comprovadas por números. A psique humana não pode ser examinada e estudada da mesma maneira. Porém é evidente que forças psicológicas exerçam peso na balança do estado psíquico, tanto pra cima como pra baixo. Essas forças invisíveis aparecem no cotidiano o tempo todo, em datas comemorativas, na relação com o trabalho ou produção, com a família, amigos, cônjuge, etc. Tudo o que tem importância socialmente carrega um peso nessa balança: trabalho, estudo, família, vida social... De modo que a falta de tais itens faz falta e pesa negativamente. A falta de harmonia também é um fator que pesa negativamente. Não conseguimos nos eximir desses compromissos por sermos seres sociais, diferentes dos psicopatas, mas isso é outra questão. Sentimos quando somos bem tratados em qualquer ambiente social e mal tratado também. No caso da falta de um desses itens, pesa com um vazio que é sempre lembrado, s