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Mostrando postagens de agosto, 2025

Periferia (poema)- Renê Paulauskas

Na periferia  Tudo respira O ar As pessoas  As conversas  Falta de tudo Não falta nada Volto pro centro Cada um fechado Em seu canto  Nada falta Falta tudo

Rebelde (poema)- Renê Paulauskas

Esse mundo Tão quebradiço  Quanto monótono  Quebrei várias vezes  Quebro mais uma É meu jeito, eu sei Há os ordeiros E há os rebeldes

Pijama (poema)- Renê Paulauskas

Quem me vê  Nesse pijama Preguiçoso  Acordando tarde Não imagina  As histórias  Loucas Que já passei  Atravessei portais Vi deuses e demônios  Presenciei milagres De olhos abertos  Mas quando voltei Tudo tinha acabado E até a simples vida Tinha ido junto  Hoje Nem vida normal  Nem herói  Vivo de pijama

A sorrir (poema)- Renê Paulauskas

Eu fui punido Não por acreditar Mas por viver Um mundo novo De coisas novas Que não podem Ser compreendidas Me taxaram de louco Mas estou vivo Abatido Mas lutando Levando verdade Não de romper com esse mundo Isso já fiz Mas de desconfiar sempre E mesmo assim Mostrar minha verdade A verdade De um mundo melhor Se esse mundo velho Quiser me punir Tenho um mundo novo A sorrir 

Fim e começo (poema)- Renê Paulauskas

O eterno e a entropia  Fim para um novo começo  Não mudamos o passado Seguimos em frente Morte e vida Fim e começo A vida perdura Até o fim do enredo 

Telhado (poema)- Renê Paulauskas

Vivo sonhando outros mundos Com mulheres de diferentes telhados Se acordo Sou presa fácil 

Sonhador (poema)- Renê Paulauskas

Mola que resiste Se adapta à tudo Troca de pele Antes criança  Depois adulto Agora velho   Com sua ânima De sonhador Tudo passou Na carcaça curvada Brota um riso Ainda não acabou

Rocha (poema)- Renê Paulauskas

Se solidifica E logo esquece A rocha bruta  Que aparece Segue firme Não para Tudo é meta Um asceta  E quando sonha Sonha estar correndo  Mas logo acorda E sai voando Homenzinho apressado  Não vê que tudo é vago Que até às rochas se desfazem Em seixos, areia e pó Que sua seta Gira no ar ao som da música  Que segue sem perceber  Como um tolo Mas você não para Nem me ouve Corre atrás do tempo  Que não para pra você