A DESPEDIDA DAS AGUAS-Vinicius Tetti Silla

Hoje faz sol
Amanhã cai granito
Eu só penso no infinito
Navegando no útero materno
Sem ter hora pra vir ao mundo
Mas já é tempo
E eu não posso mais esperar
Abro os olhos
E tudo me é estranho
Como se ofuscasse meus olhos
Não sei se rio ou choro
Mas é melhor chorar
Na verdade é de praxe
Quando não se tem mais a água pra flutuar

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Homem do Lixo (conto) - Renê Paulauskas

Quase avatares (conto) - Renê Paulauskas

Buraco Negro- Renê Paulauskas