Dos surtados, dos loucos e malucos-Vinicius Tetti Silla


Agora entendo um pouco mais sobre estar surtado, louco, maluco, o diabo. São momentos, pra alguns mais duradouros e pra outros nem tanto, de uma embriaguez de neurotransmissores que regem nossa vida psíquica. Alterados por estes passamos a viver ou sentir as coisas numa espécie de mundo paralelo; e nem nos damos conta de que a vida transcorre normal, no seu fluxo linear.
Pra os surtados pode se ter a impressão que em uma hora passou um minuto ou vice-versa, num mundo de alegorias  e monstros da imaginação; ou mesmo que você esta se  deleitando numa água termal bebendo champagne com cinco mulheres a disposição.
É um pouco como a teoria da relatividade de Einsten onde a velocidade distorce a noção de tempo. O tempo psíquico é distorcido pelos vilões neurotransmissores, que são vitais quando em perfeito equilíbrio, mas que distorcem a impressão das coisas, acontecimentos quando estamos encharcados deles.
Achamos que o nosso cérebro controlam as coisas como: a natureza, maquinas, programação de TVs e outras coisas mais; e pensamos que somos o centro do universo ao menos uma estrela com vários planetas orbitando ao seu redor. É uma passagem pelo espelho caindo no país das maravilhas.
E as pessoas que estão nos observando acham estranho algumas de nossas atitudes e dizeres. Pensam: o que esse cara fumou? Tem uns que tem a vontade de pedir um pouquinho desse elixir pra experimental tal coisa.
Mas nem sempre para quem está passando por isso pode ser algo prazeroso; pode se ter a sensação de que se está num pesadelo continuo em que não acordamos, e que vivemos intensamente cada átimo do tempo com muita intensidade numa espiral vertiginosa de que estamos caindo e nunca se chega ao fundo.
Ou seja estar surtado é pra poucos, pois voltar a realidade depois de passar por essa experiência pra alguns pode ser muito traumático e corre-se o risco de nunca mais atravessarmos o espelho pra o lado de volta.

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