Coletivo Calangos- Renê Paulauskas

Toda vez que vejo cenas do filme do Wim Wenders ''Hotel de um milhão de dólares'' me emociono. Como são lindos os marginais, tão autênticos, por isso mesmo, fora do sistema. Vejo como o Vinil (Vinícius Tetti Silla) e eu demos uma parcela, pequena, mas importante criando esse blog como uma oficina experimental de trabalharmos nossas loucuras como arte. Escrevemos, tocamos, saímos do óbvio. O projeto inicial, junto ao Cris (Cristiano Mancuso) e meu pai (Faifi) que era de conseguir projeção e trabalho foi substituído aos poucos por uma vontade louca de fazer coisas novas que sentíamos na hora. Por isso o desenho, que já estava treinado há anos, foi sendo trocado por textos improvisados ou músicas. Mas isso talvez fosse muito pouco se eu e Vinil não tocassemos no que mais nos enquietava, a loucura. E desse modo demos nossa contribuição mais verdadeira, falando sobre nossas experiências com a dita cuja. O Vinil faleceu e eu continuei escrevendo depois de uma pausa. Enfim, nossa maior contribuição foi para nós mesmos.

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