Tédio (poema)- Renê Paulauskas

Óh, hora maldita!

Hora que não passa!

Tua engrenagem de segundos está travada

Dessa locomotiva vã que é o mundo sem paisagens


Quero engolir tudo ao meu redor

Todos os sinos

Todos os sois e luas

E caminhos ainda novos


Mas quando chego cansado

No dia seguinte

Lá estou eu à engrenagem engasgar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Matriz (poema)- Renê Paulauskas

Anjos tortos- Renê Paulauskas