REMANDO- VINICIUS TETTI SILLA

Redemoinhos no mar
E eu no meu barquinho
O vento não está à favor
Mas mesmo assim sigo remando
Até encontrar uma ilha
Ou um continente qualquer
Quando lá chegar eu vou bem devagarinho
Pois onde não se conhece deve-se agir com prudência
Se encontrar alguem
Vou ver se fala o meu idioma
Porque nessa torre de babel
Às vezes a gente se desencontra
Vejo uma pegada
Um rastro qualquer
A minha intuição diz para eu seguir em frente
E eu vejo uma lâmina de água
E nela vejo uma semente
Com todas suas potencialidades
E um desejo
De que quando eu crescer quero te dar um beijo
Sem pudores ou malícia
E você bela morena
Me corresponda
Se em Angra ou Barcelona
Mesmo que não nos vejamos mais
Ficará a lembrança
De que um dia eu já fui criança

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Homem do Lixo (conto) - Renê Paulauskas

Quase avatares (conto) - Renê Paulauskas

Buraco Negro- Renê Paulauskas