Ele acorda todas as manhãs às oito horas. Às nove toma café da manhã, depois volta se deitar ou fica impaciente esperando o dia começar. Ao meio dia almoça, depois sai para o pátio nos dias de sol. Passa à tarde em pequenas atividades ou ao ócio sem opção. Às seis da tarde toma seu banho e após vestir seu pijama come sua última refeição. Todos os dias são iguais, mas daquela vez aconteceu algo diferente. Seu corpo de fato acordou às oito da manhã, mas seu espírito ficou ali na cama até mais tarde, preguiçoso, se afagando entre os lençóis se lembrando do beijo carnudo da ruiva vampira de seu sonho. Foi fazer o café de sempre, com uma fatia de pão na frigideira, mas imaginou um banquete de frutas exóticas das partes mais distantes do país e de outros continentes, onde pudesse conhecer através do extravagante sabor um pouco mais sobre sua origem, hábitos peculiares, novos pontos de vista, como uma espécie de antropólogo de frutas. Almoçou uma comida gostosa, como havia de ser de fato a...