Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire- Renê Paulauskas

Paulo Freire escreve em seu livro Pedagogia do Oprimido, um método diferente do que estamos acostumados em nossas escolas. Diferente do método vigente, onde o professor transfere conteúdos, como se os alunos fossem meros depositários dos mesmos, como se fossem seres sem saberes e conhecimento, Paulo Freire usa a educação problematizadora, onde o professor coordena ações dialógicas em que os alunos são estimulados a verbalizarem suas ideias, fazendo de seus discursos sobre si mesmos, conscientizações em cima de conscientizações, que ao longo do processo define uma consciência histórica revolucionária.
O método foi aplicado em camponeses analfabetos, e nesse sentido, o livro tem uma força revolucionária que a todo momento polariza, de um lado o opressor, que mantem o estado das coisas, com medo que o oprimido faça a revolução. Do outro lado, o oprimido, que tem um potencial revolucionário mas inicialmente está preso às ideias do opressor, muitas vezes se tornando opressor como ele.
Em síntese, as relações de diálogos entre os alunos, geram consciência sobre consciência até perceberem seus potenciais revolucionários contra seus opressores.
É um livro empolgante, de entendimento médio, mas que precisa de um desejo revolucionário para ser lido até o fim.

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