Materialidade das Coisas (conto) - Renê Paulauskas
Começou a perceber que as coisas tinham uma materialidade além de seus pensamentos. Uma formiga minúscula apareceu em sua mão. E em vez de olha-lá com calma e atenção, a matou. Em seguida reapareceu e a matou de novo. Já tinha visto deuses africanos, o espírito do seu pai, não poderia refutar tais visões jamais. Mas duvidava que hoje em dia as teria. Assim teve medo de renunciar tais visões. Mas acreditar no invisível ficou cada vez mais distante. E ficava contente que fosse assim. Enfim tinha um mundo em seus pés. Poderia desbrava-lo mesmo estando na meia idade. II A única mulher que às vezes desejava conhecera ainda criança, bem antes de se tornar mulher. Seu desejo era não por seus tributos pessoais, apesar de se tornar uma mulher muito bonita. Mas sim por ter sido durante longo tempo ela a deseja-lo. Sua primeira namorada também a conseguiu assim. Depois de saber de seu interesse a procurou e começaram a namorar. Já a moça, tinha tido uma filha e se casado. Parecia que não havia mu...