Pés descalços (poema)- Renê Paulauskas

A vida parada

Calada

Querendo morder


Tantas tardes devotas

Querendo algum prazer


A sinuosa curva

A língua mal falada

A tarde embriagada


Mas meu corpo meio tonto

Cansado de coisas febris 


Pede descanso

Pede sossego 

Pede abrigo


E meus pés descalços 

Querendo ficar aqui


Onde a sala

Onde a calmaria

Encontrou seu lugar 

Comentários

Postar um comentário

Deixe seu feedback, analíse, crítica ou sugestão?:Obrigado

Postagens mais visitadas deste blog

Os gatos (mini-conto)- Renê Paulauskas

Levemente (poema)- Renê Paulauskas