Deixa (poema)- Renê Paulauskas

Deixa essa meia sombra

Pra não queimar a vista

Que esse mundo é de sombra

E vistas cegas


Deixa o bandido ser moço

E o moço, bandido 

A menina, menino

E o menino, menina


Deixa ser branco

Não importando a melanina

Deixa ser preto

Mesmo o branco do gueto 


Deixa o poeta sem rima

E a rima na burocracia 

Deixa a vida caminhar

E o caminho nunca estreitar

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os gatos (mini-conto)- Renê Paulauskas

Levemente (poema)- Renê Paulauskas