Medo (poema)- Renê Paulauskas
Temo nunca ser lido
Esquecido em gavetas
Jogado no lixo
Como um rizoma não concluído
Uma descoberta abandonada
Mesmo assim escrevo
Pra sentir na pele meu diário
Com uma febre sem remédio
A tempestade das horas e dos dias
Mesmo porque não existe saída
É esse mundo que devora
Que pouco sente e provoca
Com reluzente brilho
Riso, choro e desejo
Escondido com segredo
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