O ego da ciência

A medida que se passa a criar nesse mundo, nos tornamos co-criadores desse Universo.
Muito se tem debatido sobre o método científico, tanto por cientistas como filósofos. A ciência se baseia num método de verificação da realidade, tendo como verdade, que essa realidade é dada, bastando apenas captar seus dados, fazendo uma espécie de verificação do mundo à priore. Recentemente, descobriu-se que a captação desses dados não é totalmente isenta de interferência dos cientistas. O modo como captamos um dado, absorvemos e interpretamos depende da inteligencia do observador, e isso que pode fazer dele um cientista, um poeta ou um mero observador.
Por mais que se queira ser isento de interferir nos dados científicos, a conclusão de um trabalho é o que realmente vai definir a nova descoberta, e o que realmente acontece é que para você crescer como cientista, filósofo ou qualquer tipo de acadêmico, você precisa dar seu apoio a todo tipo de conhecimento que se teve na academia. Fazendo assim, cientistas, filósofos e todo tipo de intelectuais medíocres.
Mas não fujamos do assunto. A questão é se se pode ter uma nova ciência com um novo método que considere e assuma a interferência nos dados obtidos, ou num novo método, baseado justamente nessa interferência.
A questão sobre realidade versus imaginação da pano pra manga, mas o que se tem de certo é uma não vive sem a outra. Drogas, humor, estresse, são pequenos exemplos para demostrar como nosso cérebro define nossa realidade. Como uma pessoa vê a outra é outro assunto que pode render muito, inclusive com exemplos de uma longa filosofia sobre o que é o amor. Outro assunto, talvez o mais pesado, pode ser os dos que surtam e nunca voltam para antiga realidade, vivendo regras e verdades tão íntimas, pessoais e as vezes até mesmo banais, fazendo deles, cidadãos de um outro mundo, muito mais complexo.
O fato é que hoje somos dogmatizados pela ciência, tanto quanto se tinha certeza que o mundo era plano na era de Galileu. São poucos séculos de certezas científicas, mas que pelo seu método acadêmico forma densidade tão forte, que ruirá.
Não quero me estender nessa análise, interprete como quiser.
  

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