A PEGADA FURTIVA- RENÊ PAULAUSKAS

A Pegada Furtiva

Passo na cidade vazia
Ninguém tem olhos
Só bocas
E tuas derivas
São como esquinas
Onde não se pode passar

Me tranco no quarto
Limpando meus dedos
Já cheios de tinta
De tanto caminho
A quase travar os pés

Mas é nessa deriva
Onde sopram os ventos
Que faço minha rima
Com outros devaneios

E sigo cantando
Olhando de lado
Estando próximo
De outros lados

Conversando alto
Com folhas e vento
Com as sobras do tempo

Do meu pensamento

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