Multinacionais- Renê Paulauskas

O capitalismo moderno é constituído por empresas multinacionais, muitas vezes sem rastro (endereço fixo) por serem muitas vezes conjuntos de outras empresas que se tornam uma única multinacional. Seu modo de obtenção de lucro também é indireto, como, por exemplo, a Google, que aparentemente serve um serviço de informação, mas ganha com um serviço complexo de venda dos dados de informação de seus usuários para empresas que vendem serviços e produtos. Essas empresas, sem rastro e sem um modelo simples de rastreamento de seus lucros para impostos, formam menos de um por cento da humanidade, que acumula mais riqueza que os outros noventa e nove por cento da população mundial. Essas empresas tem poder de interferir em nações inteiras sem compromisso nenhum com o desenvolvimento e bem estar do planeta, quando deveriam contribuir, pelo menos financeiramente para este fim.
As grandes corporações do mundiais governam por princípios do capital financeiro de modo totalmente desumano, sem interesses sociais, ambientais, ou com o futuro do planeta. De um modo totalmente psicopata isso é a globalização. Quem tem realmente poder, quem dá as cartas, são essas multinacionais como a Exxon, que invadem países, implantando guerras, criando falsos grupos terroristas contra o governo por meio de grupos mercenários até atingirem seus objetivos, seja o petróleo, recursos naturais como a água, ou comprar industrias nacionais impedindo desenvolvimento de nações inteiras.
Esses grupos de multinacionais, às vezes sem rastro, estão concentrados nos Estados Unidos, mesmo sem a maioria de sua população ter consciência desse tipo de dominação pelo mundo. Essa dominação está infiltrada inclusive nos meios de comunicação de massa: TV, cinema, jornais etc.
Precisamos perceber que a conjuntura atual não pode mais ser entendida por análises políticas entre governos internacionais. São essas empresas, as grandes multinacionais que definem as políticas atuais, e nossa briga é muito mais difícil por não ter um alvo físico há que possamos lutar. Se temos algum poder direto é como consumidores dos produtos dessas empresas, mas mesmo assim, só isso é muito pouco para obrigá-las a se responsabilizar pelo social, ambiental ou nosso futuro.

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