O GAITISTA REBELDE- RENÊ PAULAUSKAS
O jovem, passeando pelo centro, viu um objeto brilhante, um
pequeno instrumento. Era uma gaita chinesa, que logo de primeira, tirou tantas
melodias, que mesmo depois de tocar, ouvia em sua cabeça.
O tempo foi passando, mais velho foi ficando, e sua música
acelerava, como um pífano, uma guitarra, ou um grito que lá se ouvia, fosse um
lamento, alegria, ou mais o que se queria.
Foi então que fez um amigo, que estudara composição, tocavam
juntos acordes estranhos, um tipo de jazz sem precisão, e esse amigo fez sua
cabeça. Começou a tocar outra gaita, uma gaita que era para orquestra, pesada,
complexa. Depois esse amigo lhe deu um violão. Começou a estudar por conta, a
tirar as primeiras notas, melodias, triviais composições. Não satisfeito,
começou a tocar o piano de seu amigo, mas sem efeito, após tocar, fosse gaita
cromática, violão ou piano, nada mais se ouvia de música em sua cabeça, era
tudo um monte de notas, que sem nenhuma destreza, era um monte de soma, sem a
sua maneira.
Foi então, que voltou a tocar gaita, como quando era mais
novo, e feliz foi pela rua. E após tocar, ouvia a melodia.
Há quem toque gaita muito bem
Já outros, preferem a gaita cromática
Tem aqueles, que depois, pegam outro instrumento, como o
violão
E ainda, os que escolhem o piano
Eu, que já tentei a cromática, o violão e o piano de um
amigo
Digo na lata
Não há nada melhor que tocar gaita
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