Acordo mais um dia na penha. O silêncio é ensurdecedor; chego na padaria e o dono me dá bom dia-só isso me deixa contente. Tomo meu café com leite e um pão com manteiga na chapa. Peço um copo d´água e o dono diz que ele vai pegar: melhor não contrariar. Barriga cheia saio pra comprar cigarro e uma senhora me pede um cigarro, arrumo claro, ela pergunta se moro na favela, digo que não e ela me diz seca: eu moro como se quisesse demarcar território: respeito. Há muitas possibilidades pra esse dia, sinto muitas saudades dos amigos, então acho que hoje vou visitá-los. Jogar uma conversa fora, afinar-se com o mundo, correr atrás dos meus sonhos como isso que estou fazendo agora: escrevendo este texto simples, porém que reflete o que estou sentindo na alma. Hoje não tem jogo: graças a deus pois isso aliena; ainda mais com os gastos que tiveram pra arquitetar essa copa e tanta corrupção que saibo que existe. Um dia pensei: um detalhe e o mundo se transfigura. Espero que esse detalhe ocorr...