LINGUÍSTICA- ROBERTO SANTOS



Quando ouvimos a palavra linguística , logo pensamos em uma
Ciência , e prontamente a analisamos como uma ciência exata, o que não é de maneira alguma uma verdade.
A linguística estuda a influencia da sociedade no desenvolvimento de um idioma e tenta desvendar o porque de nos deixarmos influenciar por coisas totalmente fora do contexto da comunicação ao acrescentar ideas e palavras a nossa língua materna.
Quem, aqui no Brasil, já não se pegou falando em ir comer um “hamburger” com molho “barbecue” no “fast food “ da esquina?
Não estou dizendo que isto não seja bom ou valido para o desenvolvimento do pais , afinal , estamos totalmente globalizados. Mas até que ponto isto é reflexo da globalização e em que momento isto pode ser considerado subordinação a forças midiáticas que nos bombardeiam diuturnamente com expressões que já não conseguimos mais traduzir facilmente para nossas crianças.
Entendemos mais rapidamemente “baixar um arquivo “ ou fazer um “download”? Paramos para pensar no que seria “enviar uma foto” ou fazer seu “upload”?
Apesar de minha suspeição ao apontar estes dados, uma vez que sou professor de Inglês , Fico um pouco confuso ao ver palavras que tem seus equivalentes em Portugues , serem impressas em dicionários de renome, com a desculpa de que são agora a voz do povo, e que devemos aceitar agradecidos pelo empréstimo que nos foi feito por outras línguas .
Onde será que isto vai dar? Conseguiremos conviver com estes acréscimos e manteremos nossa raiz , ou seremos totalmente subjugados pela criação de uma nova linguagem baseada em Megabytes, pixels e outras mais que dia após dia nos são enfiadas goela abaixo?
Conseguiremos algum dia, porque não, introduzirmos em outros países nossas expressões e ditos ou estamos fadados a simplesmente dizer amém a tudo isso.
Não estou dizendo aqui que não devemos evoluir ou que não devemos abrir nossas mentes e corações para outros léxicos ,
Mas estou simplesmente abrindo um parâmetro de discussão que nos faça refletir sobre o que fomos, o que somos e o que nos tornaremos.

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