Tenho medo de ir pra rua e me perder sem um objetivo, um foco. Como me perdi outras vezes, mesmo conseguindo voltar, com ajuda dos orixás. Adoro caminhar com pessoas que gosto. O foco passa a ser a pessoa, e isso é obvio. Para caminhar sozinho é preciso um motivo, um porquê. Nenhuma pessoa é uma ilha. Tenho excluido o máximo de contatos indesejados para deixar terreno aberto para novos contatos interessantes. O problema é que essa técnica não tem dado muito certo. Volto sempre aos velhos contatos, carcomidos, empoeirados. E o novo sempre demora a aparecer. Ou vem com cara de já velho, ultrapassado. Me podando, ou podando os envolta de mim vou ficando cada vez mais sozinho, isso é fato. Meu problema é a falta de paciência. Ela que rejeita o mesquinho, o desarmônico, o enfadonho, o trivial, o desprazer, enfim, tudo que me desagrada. Então caio solitário nesse mundo imperfeito, cheio de tantos diabos. E me pergunto se tenho coragem de ir pra rua denovo. Depois de tantos tombos. Machuca...