Impermanência- Caio Sales

Impermanência



É na impermanência
De mim,
Que me descubro
Nú.

Indefeso
Contra o mundo
Que me quer escravo
De suas vontades esdruxulas

Há um vazio
Separando-me
O cerne da existência célere
De deus eterno e infindo

Resta-me apenas singrar
Neste mar revolto
De mansos lobos
Travestidos em pele de ferozes cordeiros.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Homem do Lixo (conto) - Renê Paulauskas

Quase avatares (conto) - Renê Paulauskas

Buraco Negro- Renê Paulauskas