Na física quando dois corpos trocam calor- Renê

Na física quando dois corpos trocam calor, sua consequência direta é o equilíbrio térmico entre eles. Da mesma maneira as relações entre seres tendem a se harmonizar entre trocas benéficas para os dois lados. Considerando que assim como na física a ordem natural das trocas é o equilíbrio, quando isso não se dá podemos definir como uma relação de exploração, onde um corpo se recusa a dividir suas riquezas numa relação de troca com outro.
As relações são feitas por interesses dos mais diretos, como por recursos matérias, até desejos mais inconscientes, mas não ocorrem quando não é de interesse dos dois lados. Essas relações existem inclusive entre instâncias como Estado e sociedade, cultura e sociedade, permeando todas as categorias existentes na sociedade até as relações mais subjetivas e imperceptíveis a olho nu.
Relações de desamparo ao trabalhador brasileiro como vem sendo feito após a reeleição da presidente Dilma, com a atual PL 4330/2004, como projeto de lei para regularizar a terceirização, desobrigando as grandes empresas de garantir direitos como décimo terceiro, férias e garantias trabalhistas para seus empregados, pode também ser considerado uma relação de exploração do PT( partido dos trabalhadores ) em relação aos seus eleitores após confirmação pública de garantir os seus direitos.
Essa relação existe desde o início de nossa civilização, é um traço humano e cultural, mas não faz parte de uma genética ou algo físico. É algo aprendido, aceito, uma tradição cultural, que invariavelmente impede nosso desenvolvimento. Assim, o explorado explora o outro como ele  no passado. Existe uma psicologia desse modo de agir, mas é o fato de ser aceita essa relação de exploração que indiretamente nos faz exerce-la.
Este texto livre de despretensioso busca esclarecer a relação de exploração como qualquer relação onde haja forças desiguais e onde só uma parte tenha benefícios. E onde isso ocorre por uma falta de visão ou intenção vil por uma ou ambas as partes, como um traço cultural. Acreditando que quando essas relações se dão de modo massivo, existe um problema social e precisa ser encontrado um modo de inibir seu mecanismo.
O psicopata age no interesse de explorar por não ter empatia. Existem vários indícios que a maioria deles se encontra na política. Tirando essa exceção, é dever da sociedade ampla, começar a pensar as relações de exploração como algo cultural prejudicial. Que possa ter uma visibilidade criando uma cultura não exploratória, mais dinâmica no sentido das trocas em todos os suas dimensões. Isto não quer dizer que seja contrário ao Estado.
O Estado tem a obrigação de equilibrar as forças de exploração na sociedade, fazendo um trabalho de equidade de direitos, oportunidades e equilíbrio através do bem estar social. A taxação maior de impostos nos mais ricos é um dos exemplos do trabalho contra as forças de exploração que deveria ser feito.

 O trabalho contra as relações e forças de exploração, pode começar como um trabalho em que o próprio cidadão se eduque para começar a perceber quando ele está explorando ou até sendo explorado, mas se após esse passo inicial for entendido como algo cultural, pode salvar o nosso país assim como o mundo. 

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