Lama ao fundo- Caio Sales
Lama ao fundo
Saio à rua
De paralelepípedos
O céu cinza
Vocifera sua chuva
Minhas imagens mentais
Diluem-se
E agrupam-se
Nas poças formadas nas imperfeições do caminho
Paro e olho
Para trás
Ideias e pensamentos passados
Agora somente borrões com lama ao fundo
A água, antes divina e pura
Por Deus aspergida
Está agora maculada e imunda
Pois toca este maldito adicto.
Mas... eu...
Eu consigo ver
Na poça d’agua
Minh’alma presa a esperar pelo sol.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu feedback, analíse, crítica ou sugestão?:Obrigado