DEUS APERTA MAS NÃO ENFORCA- VERA CAMARGO


Adoro repetir alguns ditos populares... Quem me conhece, já está acostumado com meus bordões. Um que eu gosto bastante é “Deus aperta, mas não enforca”.
A partir disso vou contar um “causo”. Não sou pescadora, mas também adoro “causos”.
Outro dia tinha uma consulta médica marcada na Av. Paulista. Dentre alguns vícios que tenho, um é andar só de carro. Então, fui até uma estação de metrô próximo de casa, de carro lógico, estacionei na rua e peguei o metrô que me deixaria na Paulista.
Passei pela consulta médica, psiquiátrica aliás, e após mais ou menos uma hora e meia peguei o metrô de volta. Desci na estação onde deixei o carro e me encaminhei para o local. Quando estava chegando perto, vi um cavalete da CET e algumas pessoas em volta. Alguém já viveu essa sensação? Pois é, soco no estômago. Quando cheguei no local falei pras pessoas: era o meu carro... levaram...
Ligue para 180 (acho)!!! Caramba, pqp, miserável, desgraçado e por aí vai... apenas desabafo! O negócio é pegar o celular e ligar para o número marcado no cavalete. Fico sabendo que o carro está no pátio do Detran no Shopping Aricanduva. Meu Deus! Estou sem carro! Como vou chegar lá? Por sorte, fico sabendo que próximo de onde estou existe uma linha de ônibus que vai para lá. Subo no ônibus, muito puta, pois já sei que só de guincho é quinhentos e tra lá lá de reais. Reais que, claro, como a maioria dos brasileiros, não tenho sobrando.
Como nunca tomo ônibus, achei até gostoso o passeio até o Shopping.  Chego lá, desço do ônibus e pergunto como chego no Detran. Tenho como resposta que é um pouco complicado chegar lá, mas, por sorte, a pessoa foi comigo até bem perto. Cheguei no Detran, lotado, muitas filas, mas, por sorte, tinha encontrado um rapaz no meio do caminho e fomos juntos. Enquanto um de nós ficava na fila, o outro ia se informando onde cada um de nós tinha que ir. Em resumo, não demorei a chegar ao guichê que me daria o boleto bancário para pagar as taxas. Paguei e quando achei que iria pegar o carro, tive uma péssima notícia. O carro estava em outro pátio, na Marginal Pinheiros. Não dava mais tempo de ir até lá. Me explicaram como chegar lá. Outro ônibus que me deixou perto de casa. Pura sorte!
No dia seguinte depois de um ônibus e outro ônibus chego no pátio. Por sorte em 15 minutos estava dentro do meu amado carrinho e com menos R$ 700,00 reais no bolso. Bando de ladrões! Como é fácil arrancar dinheiro do outros! Filhos da mãe! E por aí vai....
Ah! Esqueci de dizer que estacionei o carro com 1/3 da parte dianteira avançando a marcação de estacionamento proibido. Gravíssimo! Multar pra que se posso guinchar!
Enfim, no meio dessa terrível estória rotineira, consegui perceber algumas vezes que tive sorte em alguns momentos e que isso conseguiu aliviar a saga do Detran.
Então, concluo meu “causo” com o famoso  “Deus aperta, mas não enforca”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Homem do Lixo (conto) - Renê Paulauskas

Quase avatares (conto) - Renê Paulauskas

Buraco Negro- Renê Paulauskas