A espécie mais cruel do planeta- Renê Paulauskas
Pesquisas científicas comprovam que nós humanos somos de
longe a espécie mais cruel do planeta. Isso explica muita coisa. E quando algo
violento acontece, invés de dizermos: “que ato desumano” deveríamos ser
educados a controlar justamente esse traço tão humano que é a maldade em
diferentes níveis.
Há diferentes níveis e tipos de maldades. As piores,
cometidas por psicopatas, não sei se podem ser consideradas maldades humanas,
já que são aferidas sem sentimento de ódio e sem sua posterior culpa. Limitamo-nos
àquelas típicas, em diferentes graus, que nos trazem remorso.
Pode ser desde uma pequena mentira, algo inofensivo, até uma
violência causando um trauma irreversível. E por isso mesmo, dependendo do ato
cometido e da sua assumida responsabilidade, pode ser tão doloroso para vítima
quanto para o algoz.
Existem pesquisas que dizem que temos parentes próximos com
os chipanzés e com os bonobos, lá atrás, muito antes de ainda sermos seres
humanos. Dos chipanzés teríamos herdado parte de nossa agressividade, e dos
bonobos, nossa sensibilidade.
De fato não somos só cruéis, temos sensibilidade. Mas nossa
crueldade é centenas de vezes maior do que de qualquer outro animal do planeta,
superamos em muito os chipanzés. E assumir isso não é a mesma coisa que assumirmo-nos
como tendo razão em sermos assim. Muito pelo contrário, é preciso clareza para
evitar o pior.
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