Projeto genocida contra população brasileira- Renê Paulauskas

Estava pensando: Como mudar a abordagem da polícia militar nas periferias?
É fato que existe mais criminalidade nas favelas, ou o policiamento nelas faz parte de um esquema que criminaliza os varejistas da cadeia de comercialização da droga para beneficiar os grandes traficantes?
O que é possível fazer, se nesse esquema formado contra as populações periféricas estão dirigentes inclusive do governo?
Fora denunciar esse esquema genocida da população preta e pobre, alguns órgãos fazem essa batalha de modo, não por falta de convicção, mas que se demonstram ineficientes.
Acredito que esse tipo de abordagem policial, racista e classista, seja espelho de por tanto tempo termos sustentado um Estado escravocrata. Que uma pessoa não pode ser considerada mais ou menos perigosa só por ser negra e morar na periferia. Que as mídias, inclusive a televisão e o cinema ajudam a criar essa ilusão que não passa de um preconceito.
O lado social de parte dessa população periférica, sem estrutura, educação e trabalho, ser cooptada pelo tráfico, demonstra a falta de apoio do Estado a essa população que vê o tráfico como uma saída para uma vida sem perspectiva.
Essa rede, onde o negro pobre é vítima, tem apoio das mídias para criminalizarem as favelas, e apoio do Estado para executarem sua população. Um esquema, como já dito, de genocídio da população preta a favor das políticas de branqueamento e clareamento como projeto racista onde mais da metade da população é negra ou descendente direta de negros no país, não deixa de ser uma política antipopular contra a maior parte da população.
Quanto mais nos aprofundamos mais ficamos abismados com a realidade do Brasil.

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