Mendigo não! Eu tenho nome- Renê Paulauskas

Me perco num átimo de segundo, me acho no vazio da cidade fria, atravessando a floresta da minha cabeça. Me movo no chão duro, até encontrar o conforto entre a reta do meu corpo com o horizonte. Mas sempre algo me dá um soco de realidade. O vento gelado, as formigas, sem contar os fardados que chutam, nos levam as roupas, quando não nos matam. O único jeito de dormir é apagar. Seja o álcool, a pedra, que nunca tem esses nomes na quebrada, mas pra vocês faço uma dublagem. Viver na rua não é escolha de nínguém, é a falta dela.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Homem do Lixo (conto) - Renê Paulauskas

Quase avatares (conto) - Renê Paulauskas

Buraco Negro- Renê Paulauskas