Mosca- Renê Paulauskas

Passo, precipício. Renasço, eterno retorno. Eu já morri, renasci muitas vezes. Sou como uma mosca presa numa redoma de vidro. Nasce da larva de outra mosca, até virar mosca e deixar outra larva antes de morrer. Redoma de vidro, você não é o mundo, só a jaula à que venho perecer. Quebrai o mundo, quebrai! Pra que outros mundos venha a mosca conhecer.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os gatos (mini-conto)- Renê Paulauskas

Levemente (poema)- Renê Paulauskas