Pequena luz azul (poema)- Renê Paulauskas
A letargia do conhaque amargo
Deixa meu copo vazio
Minha alma
Um copo vazio
Desesperado em enche-lo
Paro num canto
Sem poder cantar
Escrevo
Sem poder falar
Quase catatônico
Viro poema de mim mesmo
Mas ainda meio vazio
Já um pouco cheio
De alegria fugaz
Como cabe nesse poema
Então me volto e jogo tudo
O silêncio
O copo
A ilusão
E percebo uma luz ali distante
Pequena
Confiante
De que eu atravesse
O terreno das ilusões
Multidões
E reserve um tempo pra nós dois
O que farei
Ninguém sabe
Mas a pequena luz
Saberá
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